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De todas as respostas ao RFI do FX-2 da FAB, a melhor opção e a mais viável oferecida até agora ainda é o F-18.


Brasil próximo da primeira peneira para concorrentes do F-X2
De seis concorrentes apenas dois ou três devem permanecer na disputa que deve se estender até o próximo ano

Hercules Araújo - Airway

A Força Aérea Brasileira está muito próxima de estreitar o campo de nomes para os concorrentes da sua competição para aquisição de um novo caça denominada F-X2 de seis tipos diferentes de aeronaves para três ou dois. A decisão do nome vencedor está prevista para o próximo ano.

Os concorrentes que participam da competição são o Boeing F/A-18E/F Block II Super Hornet, Dassault Rafale, Eurofighter Typhoon, Lockheed Martin F-16BR, Saab Gripen NG e o Sukhoi Su-30. A Lockheed confirma que o F-35 não será oferecido ao Brasil, já que não poderá transferir toda a tecnologia para manutenção da aeronave.

“O F-16BR foi desenvolvido para satisfazer requerimentos originais, quantidade e datas de entrega além do offset (transferência de tecnologia) e cooperação industrial enquanto fornecer a FAB o mais avançado e a capacidade disponível no F-16”, disse a Lockheed. Entretanto a empresa americana não divulgou maiores detalhes sobre sua oferta para o governo americano.

A Boeing planeja oferecer o Super Hornet com o radar de abertura eletrônica ativa Raytheon APG-79 “o coração da suíte de aviônica”, disse Bob Gower vice-presidente da empresa para o programa do F/A-18.

Gower não comentou sobre restrições de tecnologia ao Brasil do governo americano. O requerimento inicial do pedido do Brasil compreende de 32 a 36 caças, entretanto esse total pode ser eventualmente estendido para 120 aeronaves.




Lockheed não oferece o F-35 ao Brasil para não compartilhar tecnologia

Valor Online - José Sergio Osse

SÃO PAULO - A gigante da norte-americana de defesa Lockheed Martin confirmou que decidiu não apresentar seu avião caça modelo F-35 Joint Strike Fighter à licitação do governo brasileiro para a modernização de sua frota militar. Segundo a empresa, o motivo para não incluir o jato em sua proposta foi o alto grau de transferência de tecnologia, imposto pelas regras da concorrência.

Pelo estipulado pelo governo para o projeto F-X2, o fabricante vencedor terá que repassar toda a tecnologia necessária para manter o avião em operação.

Por isso, a Lockheed decidiu apresentar à licitação o modelo F-16BR, uma versão do F-16, um dos aviões de caça mais utilizados em todo o mundo, adaptada às necessidades da Força Aérea Brasileira. Embora seja um sucesso de vendas, o F-16 é um caça mais antigo, tendo sido desenvolvido nos anos 1970. Sua vantagem é ser relativamente barato e ter um baixo custo operacional. Já o F-35 foi criado no final da década de 1990, começo dos anos 2000 e tem capacidade furtiva (stealth) e de pouso e decolagem na vertical (VTOL), como o britânico Harrier.

Uma das preocupações da Lockheed Martin ao apresentar a proposta com base no F-16 e não no F-35 - uma aeronave muito mais moderna - tem a ver com o tipo de tecnologia que o governo dos EUA autorizaria repassar ao Brasil. Sem esse compromisso, o negócio poderia ser desfeito.

A Boeing, que concorre com seu F/A-18 Super Hornet, porém, acredita que isso não será problema. A proposta da fabricante inclui um sistema de radar de varredura eletrônica ativa de última geração, fabricado pela também norte-americana Raytheon. Tecnologias como essa normalmente são protegidas pelos governos dos países para os quais foram desenvolvidas, uma vez que o acesso a ela facilita a criação de contramedidas eficientes.

Além do F-16BR e do F/A-18 E Super Hornet, modelos de quatro outras fabricantes também estão concorrendo. Eles são o Rafale, da Dassault; o Typhoon, da Eurofighter; o Gripen BG, da Saab; e o Su-30, da Sukhoi.

A intenção do governo brasileiro é adquirir uma primeira leva de até 36 aeronaves, para entrega a partir de 2010. As compras, porém, podem ser elevadas para um total de 120 aparelhos.

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Brasil descarta o F-35

Ministro brasileiro acha avião bom, mas muito caro.

Fonte: Área Militar

Segundo foi noticiado pela imprensa brasileira, o ministro da defesa brasileiro Nelson Jobim, descartou a possibilidade de o Brasil vir a adquirir aeronaves de origem norte-americana, para substituir as aeronaves presentemente ao serviço na Força Aérea Brasileira.

Segundo as mesmas fontes, os Estados Unidos terão proposto ao Brasil a discussão da eventual venda de caças do tipo F-35 para a Força Aérea Brasileira.
Jogou contra qualquer entendimento com os norte-americanos, a tradicional restrição à exportação de tecnologias que os Estados Unidos consideram estratégicas, bem como a impossibilidade de as industrias brasileiras terem acesso aos sistemas electrónicos e software da aeronave.

O preço apontado pelo ministro, em torno da 60 milhões de dólares, é o preço que presentemente é apontado como custo unitário da aeronave por parte dos fuzileiros navais dos Estados Unidos, mas a preços de 2002, o que quer dizer que o valor mais baixo previsto para a aeronave estará em volta dos 72 milhões de dólares. MAS vários estudos recentes, apontam para um descarrilamento dos custos do F-35 por várias razões, entre as quais a dependência da moeda europeia, onde são fabricados parte dos componentes e onde a uma parte considerável da aeronave é desenhada.

O Brasil tem planos para incrementar as capacidades de defesa do país, recorrendo a parcerias que impliquem a transferência de tecnologia para empresas brasileiras, que assim beneficiariam da transferência tecnológica para poder desenvolver a partir daí os seus próprios sistemas ou plataformas, conforme o Brasil fez nos anos 70, com a adaptação de vários sistemas do tempo da II guerra mundial.

Problemas

Os objectivos brasileiros no que respeita à política de defesa, apresentados por Nelson Jobim, têm no entanto esbarrado em vários obstáculos, entre os quais está o facto de o Brasil estar interessado em tecnologias e sistemas, que ninguém quer transferir completamente.

Mesmo o país mais liberal nesse campo, a Rússia, que durante muito tempo efectuou transferências de tecnologia sem problemas e restrições, encontra-se neste momento com o problema de ter que enfrentar a industria chinesa que se encontra em claro processo de modernização, utilizando a transferência de tecnologia russa como trampolim, apresentando produtos no mercado internacional em situação de concorrência. Também segundo fontes russas, aquele país europeu recusou recentemente colaborar no eventual desenvolvimento do projecto brasileiro de submarino nuclear, tendo encontrado as mesmas reticências por parte da França.

O Brasil já parece ter dominado a construção do sistema propulsor, mas está muito longe de conseguir de facto desenhar um submarino de raiz sem o auxílio de países que já dominem todo o processo de construção.

O ministro brasileiro esteve a bordo de um submarino nuclear dos Estados Unidos, que foi considerado demasiado grande para os objectivos brasileiros, embora a aquisição de tais sistemas aos Estados Unidos nunca tenha sido cogitada.

Já na área da construção de aeronaves, os objectivos brasileiros parecem passar por tentar adquirir aeronaves que possam permitir ao Brasil o desenvolvimento autónomo dos seus sistemas.

Ocorre que presentemente, os segredos mais bem guardados dos novos equipamentos são não só os sistemas de hardware, como acima de tudo o software. No caso dos Estados Unidos, a principal recusa do país, está na venda de sistemas com acesso «aberto» ao software e aos vários módulos que estabelecem a ligação entre os processadores centrais e os restantes sistemas da aeronave, especialmente os radares e os sistemas que permitem comunicações e transferência de dados entre a aeronave e os centros de comando, os mísseis depois de lançados e as outras aeronaves do mesmo tipo que estiverem a cumprir uma missão.

Ministro brasileiro da defesa: Opções complicadas
Outras possibilidades ?

Curiosamente, a rejeição por parte do ministro brasileiro da aquisição das aeronaves mais sofisticadas dos Estados Unidos, não parece pelo menos em principio ter descartado a possibilidade de pensar em outras opções, inclusive dentro dos próprios Estados Unidos, onde um país como a Índia está a analisar a possibilidade de adquirir aeronaves F-16 de modelos avançados, embora as restrições norte-americanas também sejam um problema.

Neste aspecto, o posicionamento estratégico do Brasil, como país daquilo que se convencionou chamar como mundo ocidental, torna completamente desaconselhável opções por sistemas de origem russa ou chinesa, que não são do agrado da Força Aérea Brasileira, deixando como opções ou os Estados Unidos ou os fabricantes europeus, onde a França aparece à cabeça.

Mas o acesso às últimas tecnologias, sejam elas europeias ou norte-americanas é pelo menos para já difícil, pois esse acesso implica o pagamento de uma quota-parte do caríssimo desenvolvimento dos sistemas, preço que o governo brasileiro não parece estar disposto a pagar.

Considerando os últimos dados conhecidos, o governo do Brasil tem um dilema cuja resolução se apresenta difícil.

Ou aceita algum tipo de controlo ou exclusão de uso de tecnologias por parte dos fabricantes, ou então terá que se restringir à operação ou fabrico de aeronaves de segunda linha, quando alguns dos seus vizinhos se armam com equipamentos mais sofisticados.

A afirmação por parte do ministro brasileiro de que o F-35 era demasiado sofisticado para as necessidades do Brasil, pode ser vista como uma declaração que confirma esta última possibilidade.


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NOTA: De todas as respostas ao RFI do FX-2 da FAB, a melhor opção oferecida até agora ainda é o F-18.



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Base Aérea de Anápolis recebe mais duas novas aeronaves Mirage F- 2000

Fonte: Comunicação Social -Base Aérea de Anápolis Via Diário da Manhã

Hoje, às 10h15, a Base Aérea de Anápolis (BAAN) realiza Solenidade Militar Alusiva à incorporação das Aeronaves Mirage F-2000 da Força Aérea Brasileira (FAB).As duas novas aeronaves recebidas na ocasião fazem parte do pacote de 12 aeronaves da Força Aérea Francesa adquiridas pela FAB para substituir os Mirage III, desativados desde 2005.

Os primeiros F-2000 chegaram à BAAN em setembro de 2006, em solenidade que contou com a presença do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Amanhã, para receber as duas últimas, estarão presentes o Ministro de Estado de Defesa, Nelson Azevedo Jobim, o Comandante da Aeronáutica, Tenente Brigadeiro do Ar Juniti Saito, dentre outras autoridades civis e militares.

Na ocasião em que mais uma vez se consolida a cooperação entre França e Brasil, será realizada, também, a entrega da Medalha Mérito Santos Dumont a um militar da Força Aérea Francesa. A medalha é concedida a militares da FAB que se destacaram no exercício de sua profissão, a militares das Forças Armadas Nacionais e Estrangeiras que se tornaram credores de homenagens especiais da Força Aérea Brasileira e aos cidadãos brasileiros e estrangeiros que tenham prestado notáveis serviços à Aeronáutica.

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País recebe últimos caças comprados da França

Com as 2 unidades, fica completo lote de 12 jatos; custo total da transação foi de 80 milhões

Roberto Godoy - Estadão

A pressão arterial do ministro da Defesa, Nelson Jobim, passa hoje por um teste: por cerca de 40 minutos, entre as 10 horas e as 11 horas, ele estará a bordo de um caça supersônico Mirage 2000/B da base aérea de Anápolis (GO). Vai romper a barreira do som e verá como são os procedimentos de interceptação, a principal missão do 1º Grupo de Defesa Aérea, a que o avião está integrado.

Para a experiência, o ministro terá de estar com a pressão na faixa dos 13 por 8, batimento cardíaco entre 90 e 110.

Na volta, Jobim receberá oficialmente dois desses jatos, últimas unidades do lote de 12 comprados, usados, da França, em julho de 2005. Os jatos saíram por 60 milhões, mais 20 milhões pela documentação técnica, suprimentos, ferramentas, treinamento de pessoal e providências para os vôos de transferência para o Brasil. Os dois caças chegaram na segunda-feira e são do modelo C, monoposto.

Jobim será conduzido pelo comandante do 1º Grupo, tenente-coronel Arnaldo Lima Filho, um oficial experimentado, com pouco mais de 1.100 horas de vôo no Mirage III-E. O antecessor do tipo 2000 foi usado pela Força Aérea por 33 anos, até a meia-noite de 31 de dezembro de 2005.

O coronel pretende apresentar ao ministro "peculiaridades do trabalho de defesa e do emprego do equipamento". Na volta à base haverá apresentação da tropa francesa - especialistas militares envolvidos no processo - e brasileira. Um capitão francês será condecorado com a Ordem Santos Dumont.

Os Mirage 2000C e B têm tecnologia dos anos 80. A frota foi revisada, mas não passou por nenhum tipo de modernização. É capaz de voar a 2.100 km/hora. Armado com dois canhões 30 milímetros, leva 6,3 toneladas de cargas externas - mísseis de vários tipos, bombas e tanques extras de combustível. Pode ser reabastecido no ar.

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É o quarto vôo de caça de Jobim . Ele já esteve no segundo posto do AMX e, nos EUA, dos supersônicos americanos F-16 Falcon e F-18 Super Hornet.


Nelson Jobim quer 2,5 % do PIB para as Forças

Tânia Monteiro - Estadão

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu ontem o aumento de recursos destinados às Forças Armadas. De acordo com o ministro, hoje é destinado 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), porcentual que deve passar para 2,5% até o final do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Jobim, que participou ontem da cerimônia do Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, afirmou que o assunto está sendo discutido dentro da nova política de Defesa Nacional, que será anunciada no dia 7 de setembro.

O ministro falou ainda que já há uma "decisão política" do presidente Lula de liberar os R$ 3 bilhões da Marinha referentes aos royalties que estão contingenciados.

Ele entende que, com a descoberta de novas reservas de petróleo, as empresas irão contribuir mais para o reaparelhamento das Forças Armadas, uma vez que os militares estarão dando proteção aos seus equipamentos.

"Tem de vir mais recursos para as Forças Armadas", cobrou Jobim, durante entrevista, ao comentar a participação das empresas beneficiárias no aumento deste bolo. "Elas estarão prestando serviço (às empresas) e têm de ser recompensadas", declarou. Em seguida, o ministro da Defesa explicou que "não é uma questão de ser mercenário, nem toma-lá-dá-cá. É que elas têm de participar dos investimentos".

SERVIÇO MILITAR

Ainda na entrevista, Jobim defendeu o redimensionamento do serviço militar obrigatório, criando forças de reserva com os excedentes, que prestariam serviço social civil.

O ministro da Defesa pretende também mudar a característica das pessoas que ingressam nas Forças Armadas, seja nas escolas ou no serviço militar obrigatório, com maior representatividade das classes sociais.

Campo Grande sedia torneio de aviões de caça da FAB

XVIII TAC - Torneio da Aviação de Caça

Renato Lima - Fonte: Campo Grande News

O céu de Campo Grande vai ficar mais movimentado a partir de hoje. A capital recebe o 28º torneio da Aviação de Caça da FAB (Força Aérea Brasileira), que vai até o dia três de setembro.

Quarenta e quatro aviões modelos: F-5, F-2000, A-1, A-29, AT-26, Mirrage e até um avião radar, de onze esquadrões de todo o país pousaram hoje na Base Aérea de Campo Grande.

Cerca de 400 pessoas de 30 equipes estarão envolvidas no torneio que vai simular uma operação de guerra.

“Aqui está o braço armado da Força Aérea. As equipes terão uma missão a cumprir. Terão que destruir alvos e montar estratégia. Em uma das operações, o piloto será ejetado e terá que atravessar o campo do inimigo até chegar na base aliada”, explica o Brigadeiro Gerson Nogueira Machado.

A Base Aérea de Campo Grande é uma das três mais importantes do país e sedia um evento dessa grandiosidade pela primeira vez, “com um torneio como esse será possível para avaliar se a Força Aérea está preparada para entrar em uma guerra”, avalia o Coronel aviador Máximo Ballatore.

Para os participantes o torneio tem clima de competição e integração. O primeiro sargento Cândido, veio de Canoas no Rio Grande do Sul, está nas Forças Armadas há 19 anos. Hoje com 35, é mecânico de aeronaves e diz que nesse torneio não há favoritos.

“Nós já vencemos o torneio de 2006 e agora viemos para ganhar novamente. Treinamos muito para isso e vamos fazer o melhor”.

No pátio, cada esquadrão que pousa é recebido pela banda militar e por lindas modelos que dão as boas-vindas à capital de Mato Grosso do Sul. Entre os rigores militares sempre há um espaço para abraço e brincadeiras entre os militares dos esquadrões.


Forças Armadas passarão por mudanças significativas

No Dia do Soldado, ministro da Defesa anuncia mudanças no serviço militar obrigatório. Uma delas vai facilitar que jovens qualificados e até universitários sejam convocados e aproveitados

Ananda Rope - O dia

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem, após solenidade do Dia do Soldado, no Quartel-General do Exército, que as Forças Armadas passarão por mudanças significativas após o próximo 7 de Setembro. No Dia da Independência, será entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o Programa Estratégico Nacional de Defesa. Algumas novidades serão no serviço militar obrigatório.

“Atualmente, o serviço militar é obrigatório no sentido legal, mas, na verdade, como você tem procura maior que a demanda, há uma espécie de serviço militar para aqueles que querem servir”, observou o ministro. “É importante mudar essa característica e termos representações de diversas classes do Brasil, considerando que o serviço militar é um importante nivelador republicano. Queremos criar um mecanismo civil para que o excedente preste serviços civis. Isso está sendo pensado no Plano Estratégico Nacional de Defesa”, avisou Jobim.

Com isso, jovens da classe média terão menos chances de não prestar o serviço militar nos quartéis ou nas repartições públicas. Para os que já estiverem cursando a universidade, a opção será a de retardar a apresentação até a formatura. Depois, serão chamados para atuar diretamente nas áreas em que concluíram o Nível Superior. “Será feito um redimensionamento do serviço militar obrigatório, estabelecendo sempre forças de reserva”, informou Jobim.

O ministro acredita que o governo vá receber bem a proposta de criação de serviço social para os jovens que não prestarem o serviço militar obrigatório. A idéia principal é que os recrutas que atualmente não são aproveitados nos quartéis trabalhem em hospitais, escolas e no combate ao desmatamento — o que não tiraria do jovem o direito de receber treinamento militar.

Conforme antecipou a coluna Força Militar, no dia 10 de março, a escassez de jovens de classes média e alta nos quartéis vem causando preocupação no governo. Na avaliação dos elaboradores do PAC da Defesa, incluídos o próprio Jobim e o ministro de Assuntos Estratégicos, Mangabeira Unger, os jovens de classes média e alta conseguem evitar o quartel com facilidade.

“Em todas as formaturas que fui, observei que a função niveladora está mudando. Hoje, o número de rapazes que entram para ter o que comer e onde dormir é cada vez maior. Vamos acabar com o serviço militar obrigatório? Vamos fazer o que no lugar?”, questionou o ministro Jobim à época.

AÇÕES GANHARÃO MOBILIDADE E ELASTICIDADE

Outra novidade do Programa Estratégico Nacional de Defesa são o aumento dos investimentos militares de 1,5% para 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e a criação de um imposto para empresas que contam com a proteção federal, como a Petrobras, que tem segurança da Marinha em suas plataformas de exploração de petróleo — notícia também antecipada pela coluna Força Militar.

O ministro Jobim disse que o plano de ação apresenta duas estratégias: a presença no local e o “poder estar presente”. A presença será aumentada nas regiões de fronteira com o remanejamento de militares do Sudeste, em especial do Rio de Janeiro. Já o poder estar presente diz respeito à mobilidade (para que a Força se desloque com rapidez) e também à elasticidade (o crescimento do contingente).

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Proposta é 'mais radical' e necessária

Fonte: O DIA

Brasília - Segundo o ministro Mangabeira Unger (Assuntos Estratégicos), tornar o serviço militar obrigatório de fato, substituindo a “auto-seleção” pela seleção das Forças, é a proposta “mais radical”, porém necessária. “Uma possibilidade será que as Forças recrutem por concurso o que elas queiram mais, ao invés de aceitar a auto-seleção. Os recrutas poderiam ser escolhidos por vigor físico, capacidade intelectual, o que não significa nível cultural, e representação de todas as classes e regiões”, disse.

Outra edição da coluna Força Militar (31 de março) revelou que o serviço militar deixou de ser obrigatório graças a brechas na legislação, por exemplo, para quem alegar impossibilidade por motivo religioso, convicção filosófica ou política.

De acordo com o Centro de Comunicação do Comando do Exército, a realidade nacional impõe soluções para a defesa que não pesem no Orçamento da União e que não comprometam o atendimento de outras prioridades sociais e de desenvolvimento. O Exército vê a criação de núcleo de forças permanentes capaz de se expandir com a mobilização de reservas, em caso de ameaça: “Essa alternativa concilia a existência de efetivos oriundos do serviço militar obrigatório com os quadros profissionais, compondo as diversas organizações da Força Terrestre”.

Atualmente, a média anual de jovens alistados é em torno de 1,6 milhão. Destes, somente 5% (cerca de 80 mil) são incorporados às fileiras. De acordo com o Comando, a seleção atual leva em conta o perfil de base técnica desenvolvido pelo Centro de Estudos do Pessoal (CEP) do Exército.