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Marinha brasileira construirá cinco submarinos

G1

Um deles será nuclear. Objetivo é garantir segurança nas águas brasileiras na exploração na camada de pré-sal.

O Brasil vai reforçar a defesa e vai construir mais cinco submarinos. Um deles será nuclear – o primeiro. A Marinha afirma que a nova frota é vital para manter a segurança das águas brasileiras e garantir as riquezas marítimas, como a exploração na camada de pré-sal.

Há muitos interesses brasileiros no mar, como petróleo e gás. Além disso, a maior parte do nosso comércio exterior, que envolve US$ 200 bilhões por ano, é feita por vias marítimas. A defesa desses interesses justifica um maior investimento na frota da Marinha e a construção de um submarino nuclear.

“Ao Brasil interessa desenvolver a indústria de defesa nacional. O Brasil, a cada dia que passa, ocupa posição mais importante no cenário internacional, e ele tem que ter as Forças Armadas. Eu vou falar pela Marinha: tem que ter uma Marinha à altura dos seus interesses político-estratégicos”, afirmou o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto.

Atualmente, o Brasil tem cinco submarinos convencionais. O primeiro submarino nuclear deverá ficar pronto em 2021. A construção será num estaleiro em Itaguaí, no Rio de Janeiro, com tecnologia nacional. Mas o financiamento é externo e, segundo o ministro da Defesa, Nelson Jobim, faz parte de um acordo que o Brasil vai assinar com a França, em dezembro.

O submarino será movido por energia gerada a partir de um reator nuclear, mas não levará armas nucleares. O armamento será convencional. Ainda assim, o submarino vai fazer parte de um projeto de modernização do conceito de defesa das Forças Armadas do país. O Brasil vai entrar para o grupo restrito de países que constroem submarinos de propulsão nuclear: Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China.

“Ele será um submarino que nós chamamos de ‘táticos’. Os submarinos que levam arma nuclear são os submarinos ‘estratégicos’, são submarinos de outro tipo de atuação. O nosso é um submarino ‘tático’, para exatamente garantir a segurança de nossas águas jurisdicionais. Um submarino de proteção e um submarino de dissuasão”, explica o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto.

O protótipo do reator será montado no Centro Tecnológico da Marinha, em Iperó (SP). O submarino nuclear já custou cerca de US$ 1 bilhão em pesquisas desde que o projeto começou, há 19 anos. Ainda não há previsão de quanto vai custar exatamente para o submarino sair do papel.

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