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Jobim confirma compra de quatro novos submarinos

AE - Agencia Estado

RIO - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirmou ontem que o reequipamento das Forças Armadas será submetido às diretrizes do Plano Estratégico de Defesa, cuja divulgação foi adiada no último dia 7. Em visita a um dos cenários da Operação Atlântico, exercício combinado que envolve Marinha, Exército e Aeronáutica no litoral do Sudeste, o ministro confirmou que a aquisição de quatro novos submarinos convencionais até atingir o nuclear é a prioridade para aperfeiçoar o controle da Marinha sobre as áreas de exploração de petróleo na costa, como as da camada pré-sal. Segundo ele, o governo já decidiu trocar a tecnologia alemã pela francesa.

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Jobim também indicou entre as prioridades a compra de novas embarcações para a Marinha - a Força quer dobrar a frota de 27 navios-patrulha -, mas destacou que a decisão será tomada levando em conta as definições do governo. Ele disse que o plano estratégico indicará a destinação das Forças Armadas e, a partir daí, os comandantes estabelecerão os meios que precisam para cumprir o papel.

"Os militares determinam as probabilidades estratégicas das ações definidas pelo poder civil. O equipamento não é uma antecedência da questão. É uma conseqüência da decisão política do poder civil", afirmou Jobim, depois de observar o exercício protagonizado por agentes especiais das três Forças e a manobra de navios de guerra na praia de Itaoca (ES).

O ministro informou que o Brasil já decidiu firmar acordo bilateral com a França para a transferência de tecnologia para construir no Brasil quatro submarinos com dimensões maiores do que os cinco convencionais da atual frota. A intenção é chegar a um casco compatível com o projeto do submarino nuclear.

Segundo Jobim, o acordo será assinado em dezembro pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy, durante visita do francês ao País. Isso pode ajudar o Brasil em sua campanha por uma vaga no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). A França, membro permanente do órgão, tem proposta para reformá-lo.

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Marinha deverá ser ampliada e dividida em três Esquadras


Fonte: Ministério da Defesa

O Brasil deverá ampliar sua Marinha e criar bases no Nordeste e na Foz do Rio Amazonas. A informação foi dada hoje pelo Ministro da Defesa, Nelson Jobim, em entrevista durante a visita às atividades da Operação Atlântico. "A Marinha está concentrada no Rio de Janeiro, e há necessidade de se ter uma Força Naval força naval na Foz do Amazonas, que é entrada fundamental do território brasileiro. E há também a necessidade de uma Força Naval força naval no Nordeste, e aí nós teremos três grandes Forças Navais forças navais", disse o ministro.

Segundo ele, na região Sudeste a parte prioritária a ser defendida é a plataforma continental, onde concentram-se as reservas de petróleo e as rotas de comércio exterior brasileiro. O ministro chegou em Vitória (ES) na manhã desta segunda-feira e assistiu a uma demonstração de resgate de reféns por tropas de operações especiais da Marinha e do Exército, na Praia do Pontal, em Itaoca, município de Itapemirim, litoral Sul do Espírito Santo. Ele ainda acompanhou uma demonstração de mergulhadores de combate, simulação de ataque aéreo e lançamento de 250 pára-quedistas.

No total, a operação usou 500 pára-quedistas em uma ação para bloquear a BR 101 e tomar um centro de suprimentos do país "Amarelo", de modo a evitar reforços para as forças inimigas. A operação previa uso de 1.000 pára-quedistas, mas o número foi reduzido devidO à necessidade de deslocar homens para a Operação Guanabara, de suporte às eleições municipais no Rio de Janeiro.

Cerca de 10 mil militares da Marinha, Exército e Aeronáutica participam da Operação Atlântico, que é coordenada pelo Ministério da Defesa. Em um exercício militar combinado, os militares treinam a defesa da região, rica em minérios da Serra do Mar e as bacias de petróleo e gás do litoral Sudeste. O exercício acontecerá até o dia 26 de setembro, nos litorais do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo.

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A Expansão da Marinha - Ministro Jobim quer base na Amazônia

Fonte: O Dia

O ministro da Defesa, Nelson Jobim, defendeu a descentralização do poderio naval. Além da esquadra do Rio, a idéia é instalar nova força no Nordeste e outra na foz do Rio Amazonas, como antecipou a coluna ‘Força Militar’, de O DIA. O ministro admitiu, pela primeira vez, analisar a volta do anuênio e do auxílio moradia para os militares.

Jobim participou ontem dos exercícios da Operação Atlântico, que começou dia 12 e termina sexta-feira: “A Marinha está concentrada no Rio de Janeiro, e há necessidade de ser ter uma força naval na foz do Amazonas, que é entrada fundamental do território brasileiro. E há também necessidade de uma no Nordeste”.

O ministro pregou o reaparelhamento das Forças Armadas para garantir a soberania em áreas de grande valor econômico, como a Bacia de Campos. Não por acaso, alvo dos exercícios da Operação Atlântico — simulação da guerra entre dois países.

O Plano Estratégico da Defesa deverá ser lançado em outubro. A Marinha precisa de R$ 2,8 bilhões anuais para custeio. A expectativa é que o plano contemple a força com mais R$ 1 bilhão para investimentos.

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SUBMARINO NUCLEAR

No dia 22 ou 23 de dezembro, o presidente francês Nicolas Sarkozy virá ao Brasil assinar acordo para a construção de quatro submarinos convencionais, a partir de 2010. A parceria dará ao Brasil, que já detém a tecnologia para a propulsão nuclear, condições de construir o primeiro submarino nuclear, fundamental na defesa da plataforma continental.

O ministro não questionou a retenção dos royalties do petróleo da Marinha para o ajuste fiscal: “Hoje você tem retenção (total) de R$ 3 bilhões, que em determinado momento deverão ser liberados”.

O anuênio (5% a mais de reajuste a cada cinco anos) e o auxílio-moradia, podem voltar. Na coluna de domingo, Marco Aurélio Reis conta que a Frente Parlamentar da Defesa deverá brigar pelos benefícios. “Temos de examinar”, comentou Jobim, sem criar grandes diferenciações no serviço público. “Vamos caminhar para uma solução confortável a todos”.