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Bombardeio mata dirigente das Farc na Colômbia

Reuters - O Globo

BOGOTÁ (Reuters) - Um dirigente regional da guerrilha Farc foi morto no domingo em um bombardeio contra o seu acampamento na divisa entre os Departamentos de Antioquia e Chocó (noroeste da Colômbia), disse na segunda-feira o ministro da Defesa, Juan Manuel Santos.

Jesús Agudelo, conhecido como "El Paisa", comandava a 34a Frente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e era acusado de mais de 400 sequestros e 500 homicídios.

Ele era apontado como responsável pelas mortes do ex-governador de Antioquia Gilberto Gaviria e do ex-ministro da Defesa Gilberto Echeverry, assassinados durante uma tentativa de resgate em maio de 2003, e também da mãe da atual ministra da Educação, Cecilia María Vélez.

"Foi uma operação executada pela polícia e a Força Aérea, com apoio do Exército e da Marinha. Deu-se baixa a este delinquente que havia assolado o ocidente de Antioquia durante mais de dez anos", disse Santos em entrevista coletiva, acrescentando que outros rebeldes morreram na operação.

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As autoridades ofereciam cerca de meio milhão de dólares por informações que levassem à captura ou morte de Agudelo, que segundo Santos liderava a frente das Farc que mais causou danos ao Exército.

"É um golpe importante, estávamos atrás dele há muito tempo, é uma pessoa que não pertencia nem ao Secretariado nem ao Estado-Maior das Farc, mas o considerávamos um objetivo de alto valor pela crueldade e pelo dano que havia feito à população civil e ao Exército", disse Santos.

Nos últimos meses, ações militares e traições internas mataram importantes dirigentes das Farc, como Raúl Reyes, Iván Rios e Martín Caballero. Além disso, um enfarto matou o fundador da organização, Manuel Marulanda.

Na operação contra Agudelo, que teria cerca de 250 guerrilheiros sob o seu comando, foi achado um computador cujas informações ajudarão em outras operações.

Santos disse que a morte de líderes como Agudelo "traz repercussões muito negativas [para as Farc], que naturalmente vamos aproveitar".

Criada na década de 1960, a guerrilha é qualificada como um grupo terrorista por Estados Unidos e União Européia. Nos últimos anos, ela se financia principalmente com o tráfico de cocaína e a realização de sequestros.