Irã lança satélite e preocupa EUA

Fonte: Diário de Mogi

O Irã lançou com sucesso seu primeiro foguete de fabricação doméstica, anunciou o presidente Mahmoud Ahmadinejad ontem. Segundo ele, o fato foi um passo significativo em seu ambicioso programa espacial, que vem preocupando muitos observadores internacionais. O foguete levou o satélite chamado Omid, ou esperança em persa (farsi), e foi lançado na noite de anteontem depois de o presidente ter dado a ordem para o procedimento, segundo uma emissora de rádio. Imagens da televisão estatal iraniana mostraram o que a emissora afirmou ter sido o lançamento noturno do foguete de um local não identificado no Irã.

Um alto oficial de defesa em Washington disse que o Exército dos Estados Unidos detectou o lançamento de um míssil no espaço. Mas não há confirmações se o míssil levava um satélite, disse o oficial, que falou em condição de anonimato.

A reação da Casa Branca veio mais tarde, ontem. O porta-voz Robert Gibbs disse que o Irã não agiu de maneira responsável. "Essa ação não nos convence de que o Irã atue de maneira responsável para avançar a estabilidade e a segurança na região", disse.

Em Jerusalém, o chefe da agência espacial israelense, Zvi Kaplan, disse que informações iniciais mostram que houve o lançamento de um satélite. "Pelo que eu venho investigando, é verdade", disse ele. "Não estamos surpresos porque nos dias de hoje e na era da informação e tecnologia e com os cientistas iranianos estudando no exterior, eles podem obter conhecimento".

As informações não foram verificadas por fontes independentes. Alguns observadores ocidentais acusam Teerã de exagerar a capacidade de seu programa espacial.

Há tempos o Irã tem o objetivo de desenvolver um programa espacial, gerando desconforto entre líderes mundiais, que já estão preocupados com os programas iranianos nuclear e de mísseis balísticos.

O anúncio do lançamento do Omid foi feito durante as festividades que marcam o 30º aniversário da Revolução Islâmica de 1979 que retirou o xá do poder e colocou clérigos linhas-duras em seu lugar. A televisão estatal informou que o satélite foi lançado "para a grande celebração da nação iraniana e o 30º aniversário da vitória da revolução".

Ahmadinejad disse ontem que o satélite, que segundo ele é de telecomunicação, atingiu sua órbita e fez contato com uma estação no solo, embora nem todas as suas funções estejam ativas.

A televisão iraniana informou que o satélite vai orbitar a uma altitude entre 250 e 400 quilômetros. O satélite foi colocado em órbita por um foguete Safir-2 ou por um ambassador-2, que foi testado pela primeira vez em agosto e tem um alcance de 250 quilômetros.



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Foguetes iranianos podem alcançar qualquer ponto da Terra, diz Rússia

Fonte: EFE Via Abril News

O presidente da corporação espacial russa Energia, Vitaly Lopota, afirmou hoje que os foguetes do Irã poderiam alcançar qualquer ponto da Terra.

"Tiro o chapéu diante dos cientistas iranianos, que colocaram em órbita um segundo satélite. Mostraram que seus foguetes são capazes de chegar a qualquer ponto do globo terráqueo", disse Lopota, citado pelas agências russas.

Segundo o presidente da Energia, fabricante de foguetes e naves espaciais, o Irã não só conta com foguetes capazes de colocar satélites em órbita, mas também com a tecnologia para construir aparelhos espaciais modernos.

"No Irã, foi colocado como ideia nacional transformar o país em uma sociedade intelectual, e esta ideia é levada à prática", disse Lopota, ao comentar o lançamento na noite da segunda-feira do satélite iraniano Omid, com um foguete portador próprio.


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Rússia ativará reator nuclear no Irã ainda este ano

Fonte: Reuters/Brasil Online Via O Globo

A Rússia planeja dar início ao funcionamento de um reator nuclear nas instalações de Bushehr, no Irã, até o fim deste ano, disse o chefe da cooporação nuclear russa nesta quinta-feira, segundo a agência de notícias Interfax.

"Se não houver nenhum imprevisto... então o lançamento vai ser feito dentro do cronograma", disse o chefe da Rosatom, Sergei Kiriyenko, segundo a agência. "O lançamento está agendado para este ano".

Um porta-voz da Rosatom disse que Kiriyenko falava do início "técnico" - o que quer dizer a primeira vez em que o reator é totalmente ligado, com o objetivo de testar seus sistemas antes que a eletricidade seja fornecida à placa.

A inauguração do reator de Bushehr foi adiado várias vezes. Autoridades russas e iranianas já deram diferentes datas para o início de seu funcionamento.

A Rússia já entregou combustível nuclear ao Irã, como parte de um contrato de construção de usina de Bushehr, no sudoeste do Irã. A Rússia atribui os atrasos a problemas de pagamento por parte do Irã.

Técnicos iranianos observam o foguete que transportou o satélite



Lançamento de satélite iraniano representa desafio para Obama

Fonte: The New York Times Por NAZILA FATHI e WILLIAM J. BROAD - Via IG

O Irã lançou um satélite em órbita na terça-feira e com isso feriu a diplomacia americana.

Seu primeiro lançamento de um satélite coincidiu com as comemorações do 30º aniversário da Revolução Islâmica e gerou preocupações imediatas nos Estados Unidos e outros países sobre o potencial do Irã em usar foguetes de longo alcance para transportar bombas ao outro lado do mundo.

Mas especialistas concordaram que o ato representa uma conquista principalmente simbólica, por causa do pequeno tamanho do satélite. O lançamento de armas pesadas por distâncias intercontinentais exigiria foguetes muito mais potentes.

Ao usar o seu próprio foguete no lançamento do satélite, o Irã se uniu a outras oito nações que usaram sua própria tecnologia para colocar objetos em órbita. Observadores amadores já localizaram o objeto brilhante no céu noturno.

"Diante de oposição e sanções mundiais, o Irã entrou para um clube muito exclusivo", disse Geoffrey E. Forden, especialista em foguetes do Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Ele afirmou que o passo é um genuíno "feito tecnológico".

O lançamento acontece em um momento no qual o presidente Barack Obama adota um tom conciliatório em relação a Teerã, sugerindo que irá buscar um diálogo depois de anos de tensões. Até mesmo, ele pode adotar uma linha dura nos próximos meses e adotar sanções mais rígidas contra o Irã.

Os Estados Unidos e outras nações ocidentais acreditam que Teerã quer desenvolver armas nucleares, uma acusação negada pelos líderes iranianos.

Especialistas aeronáuticos disseram que a ação tem inúmeras possíveis implicações militares, ainda que o satélite seja pequeno e leve em comparação a uma arma nuclear.

Quando a União Soviética lançou seu primeiro satélite em 1957, a ação chocou o mundo principalmente por causa da tênue linha técnica que existe entre foguetes que podem lançar objetos em órbita e aqueles que carregam bombas por longas distâncias.

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Tempo está se esgotando para ataque ao Irã, diz especialista

Reuters/Brasil Online - Por Dan Williams Via O Globo

Israel tem um ano para lançar um ataque preventivo contra as instalações nucleares do Irã, disse na quarta-feira um parlamentar israelense e especialista em armas.

Isaac Ben-Israel disse que as forças israelenses podem lançar ataques bem-sucedidos de modo independente, mas que esses ataques apenas atrasariam a obtenção de armas atômicas pelo Irã, não a eliminariam.

Ecoando avaliações feitas pelo governo israelense e compartilhadas por alguns analistas no Ocidente, segundo as quais falta mais ou menos um ano para o Irã obter urânio enriquecido suficiente para produzir uma ogiva nuclear, Ben-Israel disse que a janela de tempo para uma ação militar de último recurso está se fechando.

"Último recurso significa que você chega a um estágio em que todas as outras alternativas fracassaram. Quando é isso?" disse Ben-Israel, general aposentado e ex-funcionário do Ministério da Defesa, em conferência de segurança israelense em Herzliya. "Talvez em um ano, mais ou menos."

O Irã diz que seu programa atômico tem fins pacíficos, mas nações ocidentais suspeitam que ele possa ser empregado para produzir bombas. O discurso virulentamente anti-israelense de Teerã despertou medo no Estado judaico, que se acredita ser o único no Oriente Médio a possuir um arsenal nuclear.

Mas Mohamed ElBaradei, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica, da ONU, disse esta semana que o Irã enfrentará obstáculos técnicos e políticos se quiser construir uma arma nuclear e que há "tempo bastante" para lidar com a questão.

"Mesmo que eu me baseie na CIA e outras agências de inteligência americanas, as estimativas são que estamos falando de entre dois e cinco anos de prazo" para o Irã ter a capacidade de produzir armas nucleares, disse ele.

OPÇÃO MILITAR "POSSÍVEL"

Ben-Israel, que faz parte do partido governista, de centro, Kadima, integra o comitê de Assuntos Exteriores e de Defesa do Parlamento e chefiou a unidade de pesquisas e desenvolvimento de armas do Ministério da Defesa.

Como os EUA sob o presidente Barack Obama, Israel se nega a excluir a possibilidade de recorrer à força militar para impedir o Irã de ter armas nucleares. Mas, rompendo com a administração Bush, Obama prometeu falar diretamente com Teerã sobre seu programa nuclear.

Por enquanto, Washington lidera os esforços para resolver a disputa através de uma combinação de incentivos diplomáticos e sanções econômicas.

Israel bombardeou o reator atômico do Iraque em 1981 e em 2007 lançou uma operação semelhante sobre a Síria que, segundo a CIA, destruiu um reator secreto, embora Damasco tenha negado que tivesse tal instalação.

Muitos analistas independentes acham que a Força Aérea israelense é pequena demais para eliminar as instalações nucleares iranianas, que são numerosas, distantes, dispersas e fortificadas.

Mas Ben-Israel discordou.

"A opção militar é possível", disse ele. "É possível para as forças independentes do Estado de Israel. É possível no sentido de atrasar (o programa iraniano) por alguns anos. Não será por mais de três anos, digamos, e, quanto mais tempo passa, mais diminui (o tempo de adiamento potencial)."

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Irã está a apenas alguns anos de bomba, diz ministro inglês

Fonte: Reuters (Reportagem de Adrian Croft)

A Inglaterra acredita que o Irã está a apenas alguns anos de desenvolver a capacidade nuclear e Londres está preparada para agir sozinha com sanções mais severas, disse o chanceler britânico Bill Rammeell nesta quarta-feira.

"Nossa estimativa é que o Irã poderá desenvolver a capacidade (nuclear) em anos, não em décadas, e eu acho que o próximo ano será crítico", disse o ministro de Relações Exteriores ao Comitê de Assuntos Exteriores do parlamento britânico.

Ele discursou após líderes mundiais declararem na Alemanha que eles estavam comprometidos em uma solução diplomática para o impasse sobre o programa nuclear iraniano e saudaram a oferta do presidente dos Estados Unidos Barack Obama de conversar diretamente com Teerã.

Países ocidentais suspeitam que o programa nuclear do Irã visa a construção de uma bomba atômica. Teerã diz que é somente para geração de energia.

O chefe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da Organização das Nações Unidas, Mohamed ElBaradei, disse nesta semana que o Irã poderia adquirir a capacidade de fabricar uma arma nuclear em dois a cinco anos, mas havia tempo suficiente para lidar com a preocupação.

Rammell disse que a Inglaterra está exigindo que o Irã se comprometa com uma oferta feita no ano passado pelos Estados Unidos, China, Rússia, França, Inglaterra e Alemanha.

"A nova administração dos Estados Unidos indicou que essa será uma prioridade para eles. Eles indicaram que irão conversar diretamente com os iranianos mas em um contexto claro de que um Irã armado nuclearmente não é aceitável", disse ele ao comitê que discutia a não-proliferação nuclear.

Ele afirmou que a Inglaterra está tentando chegar a um consenso internacional sobre sanções contra o Irã.

O Conselho de Segurança da ONU impôs três rodadas de sanções ao Irã pela recusa em suspender o enriquecimento de urânio.

O Irã tem rejeitado as demandas dos países ocidentais para a suspensão do enriquecimento antes das negociações começarem e tem gradualmente expandido seu programa durante o impasse, levantando suspeitas de que esteja se aproximando da construção de uma bomba.