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Chávez se defende em entrevista na CNN

Reuters - O Globo

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, reiterou na quinta-feira que quer as melhores relações com os Estados Unidos, e pediu para o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deixar Cuba em paz.

Em entrevista com Larry King transmitida ao vivo pela rede CNN, o chefe de Estado venezuelano disse que nem nos piores momentos da relação com o ex-presidente George W. Bush havia considerado cortar o fornecimento de petróleo aos Estados Unidos, e muito menos o faria agora com Obama.

Mas criticou a secretária de Estado, Hillary Clinton, por afirmar que as compras de armas da Venezuela podem fomentar uma corrida armamentista na América Latina.

- A secretária de Estado está totalmente perdida no mapa - disse Chávez.

Chávez sustentou que a Venezuela teve que recorrer a fontes alternativas para se defender, já que os Estados Unidos se nega a vender equipamentos militares como os aviões caça F-16 enviados por Washington há três décadas e que já não podem voar.

O presidente venezuelano disse que o orçamento da defesa da Colômbia é dez vezes maior que o da Venezuela e criticou Obama pela decisão de deslocar efetivos americanos para sete base militares colombianas.

Chávez negou que o Irã tenha planos de transferir tecnologia nuclear para a Venezuela.

- Esta é a nova acusação, uma razão para atacar a Venezuela. Assinamos um mecanismo com a Rússia para desenvolver a energia nuclear na Venezuela, isto não é a bomba - disse.

O presidente da Venezuela reiterou que na sua opinião Israel é um Estado que pratica o genocídio contra os palestinos. O veterano entrevistador Larry King assinalou que Israel é um pequeno país cercado por inimigos, a que Chávez respondeu:

- É um pequeno país com uma bomba atômica.

Chávez disse que Cuba já tem seu caminho traçado e seguirá construindo o socialismo depois da morte de Fidel Castro.

- Deixem Cuba em paz. Obama tem que por fim ao embargo, como todos nós pedimos. É um absurdo bloquear um país, é uma coisa do século 16. Temos que aprender a conviver neste mundo, apesar de nossas diferenças - declarou.