Força Aérea dos EUA ajuda a conter mancha de óleo no Golfo do México

Dois aviões da Força Aérea dos EUA foram enviados ao Mississippi e estavam aguardando ordens para começar a descarregar produtos químicos sobre a mancha de petróleo que surgiu depois que uma plataforma operada pela BP que explodiu no Golfo do México. Enquanto isso, o governo americano trabalhava para determinar o tamanho do papel que o exército terá na operação de limpeza.

Os aviões de carga Hercules C-130, especialmente adaptados para pulverização aérea, foram enviados na quinta-feira da Estação de Reserva Aérea Youngstown, em Ohio, disse o sargento-chefe Bob Barko Jr.

A Marinha também enviou equipamentos para a operação, mas nenhum papel maior do Pentágono na operação foi anunciado. Entre os equipamentos enviados, há boias infláveis, que são usadas como barreira flutuante para controlar o vazamento na água.

A ajuda está sendo enviada por meio de um acordo de combate à poluição fechado na década de 80 entre a Marinha e a Guarda Costeira, disseram autoridades. O Exército ainda estava negociando com o Departamento de Segurança Interna para determinar os requisitos da operação que as forças armadas podem preencher.

A mancha de petróleo se aproxima das zonas pantanosas de Luisiana nesta sexta-feira, enquanto tempestades ameaçavam impedir os esforços de proteção ao ecossistema.

A Casa Branca paralisou todos os projetos petrolíferos na região até conhecer as causas do vazamento. O Serviço Meteorológico Nacional previu que, no domingo, haverá vento, maré alta e ondas que podem espalhar o petróleo ainda mais pela costa da Luisiana.

As equipes não poderão retirar o petróleo da superfície ou queimá-lo nos próximos dias, devido ao estado do mar, disse a oficial da Guarda Costeira, Sally Brice O''''''''''''''''Hara, a um programa da rede ABC.

As ondas também podem arrastar as boias colocadas na costa para deter o petróleo, disse o porta-voz do Serviço de Pesca e Fauna, Tom McKenzie, que espera que as barreiras impeçam que o petróleo chegue às ilhas Chandeleur, que fazem parte de uma reserva ecológica nacional.

David Axelrod, um assessor da Casa Branca, disse hoje que não serão permitidas novas escavações antes de as autoridades descobrirem as causas da explosão da plataforma Deepwater Horizon operada pela petrolífera britânica.

"Não foram autorizadas novas escavações e ninguém será autorizado a tal sem que tenhamos conhecimento do que aconteceu aqui", disse a um programa da ABC. Recentemente, o presidente Barack Obama anulou uma moratória para a exploração de zonas no mar, incluindo parte do Atlântico e do Golfo do México.

Fonte: Valor Online