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Embraer pode fornecer caças à Indonésia

Super Tucano, da fabricante brasileira, está na disputa por contrato estimado em cerca de US$ 100 milhões

O Super Tucano da Embraer pode substituir o velho OV-10 Bronco, americano, na Força Aérea da Indonésia – são oito aviões, contrato estimado em cerca de US$ 100 milhões, consideradas as aeronaves, documentação técnica, treinamento, peças e componentes.

O Super Tucano é o favorito em um processo que envolve outros dois modelos: a nova versão OV-10X, da Boeing, apresentada apenas em papel, e o Pilatus, suíço, que, por orientação do governo, não pode ser vendido na configuração armada para o uso de nações emergentes.

O ministro da Defesa indonésio, Purnomo Yusgiantoro, disse semana passada, ao apresentar o programa de reequipamento das forças armadas, que a aviação militar indonésia "quer comprar os aviões brasileiros". Yusgiantoro ressalvou que a decisão ainda depende de "uma análise final".

O governo local estuda também a oferta do KT-1, da Coreia do Sul, em inédito arranjo de combate. Esse avião, configurado para treinamento básico, já é empregado na academia de pilotos de Jacarta. A Indonésia quer o Super Tucano para missões de patrulha armada e ataque leve na região das províncias do oeste, Papua principalmente. Ali, grupos tribais rebeldes estão recebendo equipamentos e instrução de guerrilha, provavelmente de ex-militantes radicais do movimento Fretilin, desarticulado depois da independência do Timor, em 2002. Os turboélices da Embraer entrariam no lugar do OV-10, bimotor dos anos 60 usado em várias partes do mundo. A Indonésia recebeu 12 deles no início dos anos 70 – desse lote, apenas dois estão em condições de uso.

Briga

Nos EUA, não há vida fácil para o mesmo Super Tucano, envolvido em uma disputa pela encomenda de um avião de pequeno porte para reconhecimento e ataque leve da Força Aérea americana, a USAF, e eventualmente também para a Marinha. Nesse caso, o contrato envolverá frota estimada em 200 aviões, algo como US$ 2,2 bilhões.

A concorrência, segundo o departamento de Defesa, será aberta em 2011, com escolha prevista para o mesmo ano e entregas esperadas para 2012. Há obstáculos no caminho do Super Tucano. Um deles, é o poderoso lobby da indústria aeroespacial americana, sempre pronto para evitar a compra de produtos fora do país. O outro voou no sobre o Kansas, em 5 de abril.

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Uma nova configuração do turboélice AT-6 (foto acima), da companhia Hawker Beechcraft, foi mostrada, e parece feita para ganhar o contrato. O avião incorporou motor de 1,6 mil hp e pode levar 1,8 tonelada de mísseis, bombas inteligentes, canhões, metralhadoras e foguetes livres. Sistemas eletrônicos contemplam sensores de coleta de informações de inteligência, identificação de alvos e guiagem de armas de precisão.

Além do AT-6 de segunda geração, a seleção terá a participação do jato italiano M-346, da Alenia. O Super Tucano é utilizado pelas forças de cinco países – Brasil, Colômbia, Chile, República Dominicana e Equador. Um dos 170 aviões já vendidos é operado pela empresa Blackwater, prestadora de serviços militares terceirizados.

Fonte: Estadão - Roberto Godoy