Equador analisa reduzir o pedido de aeronaves Super Tucano

Um dos aviões Super Tucano da Força Aérea do Equador, ainda com o prefixo brasileiro, durante o translado para o país destino.

O Ministério da Defesa do Equador analisa um mecanismo para modificar o contrato firmado com a empresa brasileira Embraer e reduzir o número de aviões de combate Super Tucano que decidiu adquirir em 2008.

“Está em análise (a redução do número de aviões). É um contrato que está assinado e como respeitamos os contratos que fiemos, temos que tratar o tema com muita prudência para não criar nenhum problema ao país”, explicou a vice-ministra de Defesa, Rosa Pérez.

Em maio de 2008, o Ministério de Defesa e a FAE (Forçã Aérea do Equador) fecharam um contrato com a Embraer onde, através da modalidade de único fornecedor, foi decidido adquirir 24 unidades de Super Tucano, num valor de US$ 270 milhões.

Segundo fontes militares, o Governo busca reduzir em 2010 o orçamento previsto para investimento para as forças armadas devido a necessidade de financiamento para estes investimentos. Os gastos em 2010 chegam a US$ 17.900 milhões e registra um déficit de US$ 4.124 milhões, segundo informação do Ministério da Fazenda.

No último dia 22 de abril, o presidente da República, Rafael Correa, durante a troca de comando das forças armadas, assegurou que seria necessário revisar todos investimentos das forças armadas porque “nesta nova época a única guerra é contra a pobreza, a iniquidade, o desemprego, a corrupção”.

Dentro do orçamento aprovado pela Assembléia Nacional, US$ 1.600 milhões foram destinados para a Defesa Nacional, Exército, Marinha e Aeronáutica. Desse total, US$ 398 milhões são para investimentos e o restante para o pagamento de salários dos mais de 40 mil soldados na ativa.

Analizar a redução do aviões Super Tucano é a primeira ação que o Ministério da Defesa executa depois da declarações que o presidente fez no mês passado. O ministério ainda não decidiu o número de aviões que será reduzido do contrato com a Embraer, mas fontes da Força Aérea informaram que a intenção é para baixar de 24 para 12 a quantidade de aeronaves a adquirir.

Os aviões Super Tucano substituiram os modelos A-37 e Strikemaster, que já cumpriram sua vida operacional com mais de 35 anos de atividades, e servirão para a preparação e treinamento de todos os pilotos de aviação subsônica de combate da FAE, segundo o ex-comandante, Rodrigo Bohórquez.

Segundo fontes do Ministério da Defesa, o contrato com a Embraer possui cláusulas de cancelamento através de um acordo mútuo, assim como também de forma unilateral se forem apresentadas eventuais não cumprimentos de uma das partes.

Fonte: El Universo, via Aviacion Militar Sudamericana – Tradução: Cavok