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Como respaldo a um Contrato de Cooperação de Defesa, firmado em 14 de setembro pelos governos britânico e brasileiro, a BAE Systems anunciou seu interesse no programa de reequipamento da Marinha Brasileira, com uma ação que prepara para a realização de novas parcerias industriais com o Brasil.

Como parte de uma missão comercial no País, liderada por Gerald Howarth, ministro de Estratégia de Segurança Internacional da Grã Bretanha, Dean McCumiskey, o diretor da BAE Systems para o Ocidente, disse: “Dentro do acordo de hoje entre os governos, estamos oferecendo um comprovado pacote de aquisição de navios de guerra para o Brasil. Ele está baseado em projetos versáteis e inclui um convite para tornar-se um parceiro internacional em nosso novo programa global ‘Global Combat Ship’.

Se a BAE Systems for selecionada para dar suporte ao Brasil em seu ambicioso programa de reequipamento naval, os navios que desenvolvemos serão construídos no estaleiro de um parceiro no Brasil, com o máximo de conteúdo oriundo da indústria brasileira. Isso ajudará a manter empregos e a apoiar o desenvolvimento de capacidades e tecnologia de ponta entre os dois países.

"A BAE Systems tem uma longa trajetória de trabalho com a Marinha Brasileira,” acrescentou Ben Palmer, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Divisão de Navios de Superfície da companhia. “Nosso envolvimento pode ser detectado desde a venda das fragatas da Classe Niterói ao Brasil, fornecidas por nossa organização VT Shipbuilding nos anos de 19 70” .

O programa Global Combat Ship deverá entregar uma nova geração de navios de guerra, de custo acessível, múltiplas funções, com uma plataforma básica suficientemente aberta para permitir a integração de equipamentos e sistemas sob medida, de forma a atender às necessidades específicas dos clientes. A primeira Classe de navio em desenvolvimento neste programa é a Tipo 26, para a Marinha Real Britânica, que deve entrar em serviço no início da próxima década. O envolvimento do Brasil neste estágio inicial trará a oportunidade de influenciar o projeto. O design resultante, a construção e o processo de aquisição também deverão reduzir o custo por unidade e gerar economia ao longo da vida do equipamento, tanto ao Brasil como à Grã Bretanha, em treinamento, manutenção e suporte.

A curto prazo, a BAE Systems acredita que seu OPV de 90 metros ( ver T&D nº 121) será uma opção atraente para a Marinha Brasileira. Com capacidade total para águas profundas, pode cuidar da segurança de instalações de gás e óleo nas águas territoriais do Brasil, bem como de segurança marítima mais ampla e operações de busca e resgate. O projeto está baseado nos navios River Class, em uso pela Marinha da Grã Bretanha, utilizando a mesma plataforma central que os navios que a BAE Systems construiu para a Guarda Costeira de Trinidad & Tobago, com sistemas e equipamentos feitos sob medida para as necessidades da Marinha Brasileira. A companhia já tem acordo de transferência de tecnologia semelhante firmado com o Bangkok Dock, na Tailândia, que está construindo um navio desta Classe para a Marinha Real Tailandesa.

Outros elementos da oferta incluem projetos de navio de apoio logístico e navio-aeródromo, bem como suporte para melhorar o sistema de combate naval brasileiro, fazendo uso de tecnologias adquiridas ao desenvolver o CMS-1 Combat Management System e o radar Artisan, para a Marinha Real Inglesa.

Fonte: Tecnologia & Defesa