O uso de softwares maliciosos para arquitetar uma possível guerra cibernética deve exigir das autoridades uma postura de combate ativa. Colocada em evidência após o worm Stuxnet ganhar relevância ao infectar uma usina nuclear no Irã, a possibilidade preocupa o Departamento de Defesa Interna dos Estados Unidos, que busca soluções para evitar incidentes.

O secretário do departamento, Michael Chertoff, afirmou, durante um dos maiores eventos de segurança do mundo, a RSA Conference, em Londres, na Inglaterra, que existem atualmente cerca de 100 países com capacidades de ciberespionagem e ciberataque.

De acordo com o executivo, ambos os tipos de ataque utilizam as mesmas ferramentas e podem gerar desde a perda de dados financeiros até o comprometimento de sistemas de controle aéreo, resultando em mortes. Isso exige dos órgãos oficiais uma estratégia de proteção eficiente. “Não estou dizendo que é preciso responder aos ataques virtuais com ataques reais, mas creio que seja importante definir quando e como devemos reagir”, explicou, conforme o The Register.

O desafio de efetuar um planejamento reside na dificuldade em identificar as fontes dos ciberataques. De qualquer forma, Chertoff defende o contra-ataque nos casos de intromissões persistentes nas infra-estruturas críticas do país, alegando que, quando isso acontece, “incapacitar a plataforma usada para a ofensiva é algo que se deve fazer”.

Fonte: Adrenaline