Depois de 39 anos cruzando os céus brasileiros, o avião de caça AT-26 Xavante se aposenta. Ao todo foram 800 pilotos de caça formados, mais de 600 mil horas de voo e inúmeras missões de combate, na defesa das fronteiras do País, daquele que foi o primeiro jato dos 166 fabricados pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), em cooperação com a Itália, país de origem da aeronave.

Um modelo Xavante está exposto na Base Aérea. A aeronave marcou a história da aviação de caça brasileira

Durante esse tempo, o Xavante fez parte do cotidiano dos fortalezenses, desde quando foi exposto, na década de 70, na praça do Ferreira, no Centro, até a transferência do 1º/4º Grupo de Aviação, da capital cearense para Natal (RN), em 2002.

A aposentadoria dos últimos 12 Xavantes brasileiros coincidiu também com a transferência do 1º/4º GAV, Esquadrão "Pacau", do Nordeste para a Base Aérea de Manaus. De acordo com o major-aviador Ricardo Ferreira Botelho, comandante do 5º/1º Grupo de Comunicação e Controle (GCC), o AT-26 Xavante era uma aeronave versátil, empregada tanto nos cursos de liderança de esquadrilha, como em missões operacionais.

Com mais de 1.700 horas de voo de caça, sendo 575 horas nos caças Xavante, major Botelho diz que a aeronave, agora desativada, cumpriu bem a missão a que foi destinada, tendo a sua importância registrada na história da aviação brasileira.

Segundo o comandante geral de Operações Aéreas da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Gilberto Antônio Saboya Burnier, o Xavante foi responsável pela consolidação da indústria aeronáutica brasileira, sendo o projeto com o maior número de peças nacionalizadas. Ele afirma que depois de desativados alguns dos Xavantes chegam a ser desmontados e enviados para exposições em museus.

Fonte: Diário do Nordeste - Foto: Marília Camelo - Via: Noticias Sobre Aviação