Cinco países do norte da Europa planejam debater em abril uma série de proposta para desenvolvimento de uma cooperação militar, incluindo a possibilidade de um pacto de defesa mutua ao estilo da Aliança Atlântica, noticia hoje o jornal russo Nezavisimaya Gazeta.

Também pode haver discussão da criação da ‘mini OTAN’ durante as reuniões que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, terá com os ministros das nações Escandinavas e do Báltico que acontecerá em Londres de 19 a 20 de janeiro.

O ex-embaixador americano na Noruega, Benson Whitney, parece não ter gostado da idéia e tentou desqualificar os planos das nações nórdicas, uma vez que qualificou os tais planos de ‘sonhos envoltos em uma névoa polar”. Whitney pareceu ter recobrado a consciência, sabendo que ficaria em maus lençóis, quando tentou amenizar os planos dos países nórdicos ao dizer a criação de uma aliança nos moldes da OTAN poderia ser útil para manter a vigilância sobre os russos. Em seguida ele disse que a criação de uma aliança militar serviria para manter os olhos também sobre os ursos polares. Não se sabe ao certo ao teor dessas palavras. Não ficou claro para mim se ele quis mais uma vez ironizar os planos dos países do norte da Europa, afinal não ficou claro quem seriam os ‘ursos polares’.

Os países nórdicos contribuiriam de forma importante “com as missões de paz da OTAN e dos EUA”, eles uniriam seus meios de transporte, equipamentos médicos, unidades anfíbias, estruturas de vigilância marítima e forças especiais de estabilização, considera Whitney.

O russo Yuri Deriabin, colaborador do Instituto da Europa e especialista nos países nórdicos, manifestou em entrevista ao jornal Nezavisimaya Gazeta, que esse projeto tardaria bastante para se materializar, uma fez que falta coordenar os interesses de todas as nações do norte da Europa, interesses esses que diferem e muito.