A Casa Branca informou hoje que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deverá telefonar nas próximas horas para o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e para o primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, para que a comunidade internacional discuta uma ação conjunta que obrigue o governante líbio, Muamar Kadafi, a suspender a violência contra os insurgentes.


O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse que nenhuma opção foi retirada da mesa, inclusive uma possível ação militar. As discussões sobre a Líbia, contudo, não estão nesse plano ainda, ressaltou. Já o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Philip Crowley, disse que os militares do país estão "totalmente envolvidos" nas discussões em andamento no governo dos EUA sobre como reagir à crise na Líbia.

"Temos uma variedade de ferramentas, financeiras, sanções, medidas multilaterais, e estamos considerando todas elas. Os militares estão totalmente envolvidos nessas discussões e pensando em suas próprias opções que possam ser apresentadas ao presidente", afirmou Crowley. Segundo ele, antes do início da crise havia cerca de 6 mil norte-americanos registrados na embaixada em Trípoli como residentes na Líbia.

A declaração do porta-voz foi feita depois de vários jornais de países de língua espanhola publicarem um artigo do ex-presidente de Cuba, Fidel Castro, segundo o qual os EUA "não hesitarão em dar a ordem para que a Otan invada aquele rico país a Líbia, talvez nos próximos dias ou nas próximas horas". O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, negou a existência desses planos.

Fonte: Yahoo



Em 7 de abril de 1986 o presidente Reagan decidiu usar ataques aéreos contra alvos militares dentro e ao redor de Trípoli para demonstrar a intenção americana de perseguir apoiadores de terroristas. Os dois alvos foram escolhidos para a incursão na noite de 154 de abril foram as bases de Benina (onde havia caças Mig-23) e Trípoli onde havia cargueiros IL-76 e o Posto de Comando de Kadafi.

Os F-111 que decolaram do Reino Unido tiveram que voar 2.800 milhas ao invés de 1.300 por não terem permissão de sobrevoar direto por vários países europeus. O vôo durou 13-14 contra as 6-7 horas na distância menor. Eram 24 F-111F sendo seis reserva com escolta de cinco EF-111 (dois de reserva). A US Navy atacaria com os porta-aviões USS America e USS Coral Sea. Os F-14A e F/A-18 fariam MIGCAP, 14 A-6E atacariam as bases e seis A-7E e dezoito F/A-18 fariam supressão de defesas. A operação foi controlada por E-3A e um RC-135E monitorava as comunicações.

As aeronaves de apoio fizeram um "pop-up", subindo para que os líbios ligassem seus radares e fora atacados por cerca de 12 mísseis Shrike e 30 HARM. A Líbia estava despreparada para o ataque e nenhuma aeronave estacionada nestas bases estavam dispersas ou com algum tipo de proteção. As luzes das pistas estavam ligadas.

Os F-111F levavam quatro bombas guiadas a laser GBU-10 ou 12 Mk82 Snakeye. Cinco F-111F abortaram por não identificar o alvo. Durante o ataque subiram para 400 pés para identificar o alvo com o Pave Tack. O posto de comando de Kadafi em foi atacado por quatro F-111F sendo que um abortou. Os danos foram limitados. Os F-111 da USAF atacaram as aeronaves de transporte em Trípoli com bombas guiadas a laser causando perdas pesadas. Três Il-76, um Boeing 727 e um Fiat G.222 foram destruídos, com mais três Il-76 danificados.

Os A-6E que atacaram Bengazi tinham como alvos a base aérea de Benina e o quartel de Al Jumahiriya quartel. Lançaram bombas Mk83 e bombas em cacho. Foram confirmados a destruição de quatro Mig-23 e 10 danificados, dois Mi-8 destruídos e 8-13 danificados e dois Fokkler F27 destruídos e 10 danificados. Dois Intruders abortaram a missão. A pista foi pesadamente perfurada. O ataque foi antes dos F-111F e até que desviou a atenção para este lado. A Filha de 6 anos de Kadafi morreu quando a casa de Kadafi foi bombardeada. Essa semana Fidel antecipou a intenção americana.