O vice-presidente e porta-voz do Conselho Nacional Transitório (CNT), grupo de opositores do regime líbio, Abdel Hafid Ghoga, rejeitou hoje qualquer diálogo com o ditador Muammar Gaddafi para "resolver pacificamente" o conflito.

Em declarações foram feitas à rede de televisão "Al Arabiya” em referência à "marcha verde" convocada por Gaddafi para que os líbios se dirijam à cidade de Benghazi, onde está a direção dos insurgentes.

"O ditador e sanguinário Kadafi procura semear o joio e a divisão no seio dos líbios. Advertimos a todas as pessoas que se aproximarem de Benghazi como participantes da marcha que serão consideradas como inimigos", disse Ghoga, que reforçou que os participantes da marcha terão "o mesmo destino das brigadas” do ditador.

Ghoga afirmou que os rebeldes se preparam para avançar também nas cidades de Ajdabiya, Misrate e Trípoli.

Nesta segunda-feira (21), Gaddafi convocou uma "marcha popular estratégica" em direção à cidade de Benghazi para impedir "a agressão estrangeira", segundo anunciou a agência oficial líbia "Jana".

Gaddafi usa escudos humanos, acusam rebeldes

Forças leais ao líder líbio, Muammar Gaddafi, estão trazendo civis de cidades vizinhas de Misrata, controlada pelos rebeldes, para usá-los como escudos humanos, disse um porta-voz dos rebeldes à agência de notícias Reuters nesta segunda-feira.

A informação não podia ser confirmada de forma independente e não houve comentário imediato de autoridades líbias. O porta-voz também disse que sete pessoas foram mortas em Misrata nos combates de domingo. Já um morador disse que oito pessoas morreram.

O morador de Misrata também disse à Reuters que forças armadas leais a Gaddafi usando roupas civis estavam no centro da cidade. Ele disse que Misrata, localizada a 200 quilômetros a leste de Trípoli, estava cercada por tropas pró-Gaddafi e que o abastecimento de água foi interrompido.

Fonte: UOL/Bol