"Como as potências arrogantes que estão presentes perto de nossas fronteiras marítimas, também teremos uma presença poderosa perto das fronteiras marítimas norte-americanas", disse o chefe da Marinha, almirante Habibollah Sayyari, segundo a agência de notícias oficial Irna.
Falando em uma cerimônia para marcar o 31o aniversário do início da guerra com o Iraque, que durou de 1980 a 1988, Sayyari não forneceu detalhes de quando seria o envio das embarcações nem o número ou tipo de navios que seriam usados.
A declaração foi feita semanas depois de a Turquia anunciar que vai abrigar um sistema de radar da OTAN que ajudará a detectar ameaças de mísseis de fora da Europa, incluindo do Irã.
A decisão enfureceu Teerã, que desfrutava de relações próximas com Ancara. E é feita poucos meses depois de o Irã enviar navios de guerra através do canal de Suez depois da queda do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, a primeira vez que a República Islâmica enviou embarcações marítimas ao Mediterrâneo.
Os Estados Unidos e Israel não descartam a ação militar contra o Irã se a diplomacia não conseguir evitar que o país obtenha armas nucleares.
Teerã nega que esteja desenvolvendo armas nucleares, dizendo que seu programa atômico é para propósitos pacíficos, apenas.
O Irã rejeita as ameaças, alertando que vai responder atingindo interesses norte-americanos no Golfo e Israel se tal ataque acontecer.
Analistas dizem que o Irã pode retaliar lançando ataques rápidos no Golfo e fechando o estreito de Hormuz, por onde passam cerca de 40 por cento de todo o petróleo da região.
O estado islâmico costuma lançar treinos militares no país para exibir suas capacidades militares em meio a persistentes especulações sobre um possível ataque israelense ou norte-americano contra as instalações nucleares iranianas.
Fonte: O Globo
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