A Grã-Bretanha apresentou um protesto contra a Argentina pela interceptação de barcos pesqueiros em águas disputadas nos arredores das ilhas Malvinas, cenário de uma guerra entre os dois países em 1982. No ano passado, o governo argentino aprovou um decreto exigindo que embarcações fazendo percursos entre as ilhas Malvinas, Geórgias do Sul e Sandwich do Sul - todas elas possessões britânicas - deveriam solicitar uma autorização para atravessar as "águas territoriais" argentinas.

O governo das Malvinas (que os britânicos chamam de Falklands) emite licenças para barcos que desejem pescar numa distância de até 200 milhas das ilhas. Mike Summers, membro da assembleia legislativa das ilhas, disse que "em várias ocasiões nos últimos meses a guarda costeira e a Marinha argentinas desafiaram barcos que viajavam entre as ilhas Falklands e o porto de Montevidéu, no Uruguai".

"Eles abordam os barcos e pedem informações como o número do passaporte do capitão, possivelmente tentando alertá-los a sair", afirmou o parlamentar, acrescentando que isso não causa transtornos comerciais. Em nota, a chancelaria britânica declarou: "O Reino Unido já protestou contra a Argentina ... Consideramos que eles não estão cumprindo o direito internacional, incluindo a Convenção das Nações Unidas sobre a Lei do Mar".

Em 1982, os dois países travaram uma guerra de dez semanas, depois que o regime militar argentino tentou tomar posse das ilhas. Apesar da vitória britânica, Buenos Aires continua insistindo que "as Malvinas são argentinas".

Fonte: Terra