Em março de 2012, na sede da Embraer em Gavião Peixoto (SP), acontece o voo inaugural do protótipo do A-1 modernizado, projeto que prevê a entrega de 43 aeronaves revitalizadas para a Força Aérea Brasileira até 2017. Os Esquadrões de Caça já recebem as primeiras unidades no próximo ano.

As aeronaves A-1 passam por uma revitalização estrutural e recebem novos equipamentos, entre eles o radar SCP-01, com modos ar-ar, ar-solo e ar-mar. Uma segunda aeronave de testes, biplace, deverá voar em julho. Serão manti das características elogiadas da aeronave, como o raio de ação, a capacidade de reabastecimento em voo e os dois canhões de 30mm.

Além do radar, os caças também ganharam um sistema integrado de auto-defesa com alerta de detecção de radar (RWR) e de aproximação de mísseis (MLAWS), contramedidas (AECM) e lançadores de iscas para mísseis (chaff e fl are). Os A-1 também vão poder voar com casulos equipados com sistemas de reconhecimento e designação de alvos, além do Skyshield, que tem a capacidade de bloquear e despistar radares de busca em solo, embarcados ou de guiagem de mísseis.

Todas as informações serão apresentadas ao piloto em três telas multifuncionais coloridas. Juntas, elas somam 121 polegadas quadradas para exibição, desde parâmetros de funcionamento do motor até o cenário tático da missão. Os pilotos vão contar ainda com um novo visor na altura dos olhos (Head Up Display), um visor montado no capacete (Helmet Mounted Display) e a facilidade de todos os comandos poderem ser acessados sem ti rar as mãos do manche e da manete de potência, de acordo com o conceito HOTAS (Hands on Throttle And Stick).

História – Recebidos a partir de 1990, os A-1 trouxeram para a FAB novidades como computadores de mira. Fabricado pela Embraer em parceria com empresas italianas, o A-1 opera hoje nos Esquadrões Adelphi, Poker e Centauro, baseados no Rio de Janeiro (RJ) e Santa Maria (RS). As aeronaves brasileiras já participaram de operações como a Ágata e inúmeros exercícios, entre eles as cinco edições da CRUZEX, a Tigre e a Red Flag, nos Estados Unidos. Já a Itália voou seus A-1 em missões reais sobre os Balcãs, o Afeganistão e a Líbia.

Fonte: Revista NOTAER - Via CAVOK