Uma ação conjunta da CIA e do FBI em dois continentes levou à prisão de ao menos três dos mais importantes líderes do grupo hacker LulzSec, detidos pelo crime de conspiração contra governos. Junto com o Anonymous, os cibercriminosos são acusados de causar prejuízo de bilhões de dólares a bancos, empresas e órgãos governamentais.
A história foi publicada pelo site da rede de TV americana Fox News e repercutiu na imprensa de todo o mundo. Segundo um oficial do FBI envolvido na operação, o órgão está "cortando os cabeças" do LulzSec e "devastando a organização". O veículo apurou que um desempregado de 28 anos, Hector Xavier Monsegur, era uma das pessoas à frente de centenas, senão milhares, de hackers. Ao ser desmascarado pelo FBI, passou a cooperar com os policiais. Na comunidade virtual, era conhecido pelo pseudônimo de Sabu.
"Ele foi preso secretamente e agora trabalha para o FBI", disse uma fonte próxima ao caso. Como resultado da operação, confirmada por alguns oficiais da polícia federal americana, os cinco outros líderes remanescentes foram detidos e multados. Entre eles, estão os londrinos Ryan Ackroyd ou "Kayla", Jake Davis ou "Topiary", os irlandeses Darren Martyn ou "Pwnsauce", e Donncha O’Cearrbhail ou "Palladium”, e ainda o americano Jeremy Hammond, chamado de "Anarchaos". No grupo, estariam três das mais importantes autoridades no universo hacker.
O britânico Jake Davis, de 19 anos, foi preso no início de fevereiro. Ele é acusado por ataques contra CIA, Sony Pictures e ao site do jornal The Sun, no qual publicou uma notícia falsa que dizia que o magnata Rupert Murdoch havia morrido. Na casa de Davis, a polícia apreendeu 16 computadores que, segundo informações, continham senhas e outros dados sigilosos de mais de 750 mil pessoas.
Em resposta, o grupo hacker publicou mensagens na conta do Twitter @YourAnonNews, utilizada comumente para repercutir suas ações. "Não temos um líder", diz um dos textos. O perfil reforça que Anonymous e LulzSec são "uma ideia, não um grupo" e que sua filosofia continuará a se espalhar mesmo com a prisão de Sabu, a quem eles classificam como traidor. Em represália, o grupo publicou dados pessoais do delator, entre eles seu endereço, título de eleitor e número de telefone.
De acordo com os hackers, o número estimado de membros é 35 mil, enquanto apenas 125 pessoas foram detidas até hoje. "Eles não estão exatamente nos vencendo", provocou o grupo.
Fonte: TI Inside
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