Representantes do consórcio francês Rafale estão em Porto Alegre em busca de parceiros gaúchos para reforçar sua proposta como principal candidato a fornecedor de 36 caças para a Força Aérea Brasileira, em um projeto que o governo federal vem avaliando desde 2008.

No edital de compra dos aviões, o governo federal exige a chamada transferência de tecnologia, ou seja: o vencedor da licitação repassará seus conhecimentos para a indústria brasileira participar da fabricação e manutenção das aeronaves.
"Creio que o governo levará em conta o conjunto de parceiros que vamos implicar no nosso negócio. Queremos montar uma rede sólida para, se formos escolhidos, iniciarmos as operações o mais rápido possível", afirma o representante do consórcio no Brasil, Jean-Marc Merialdo.
Por conta disso, o Rafale tenta aproximação com empresas, entidades e universidades, a exemplo do que fez em um seminário realizado na manhã desta quarta-feira, 25, na Fiergs.
Merialdo explica que seminários desse tipo já foram realizados no país todo, e, até agora, 70 acordos já foram firmados, sendo três deles no Rio Grande do Sul.
Um destes acordos foi firmado na terça-feira, 24, com a UFRGS, que assinou uma parceria para trabalhar no desenvolvimento de projetos do consórcio, com tecnologia francesa.
Com participação do governo estadual - o diretor da Secretaria de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Aloísio Nóbrega, palestrou no evento na Fiergs, por exemplo -, os seminários têm também meta de aumentar a pressão dos mercados locais sobre a decisão do governo federal.
"O consórcio é um expoente mundial do que o Piratini chama de nova economia, setor que abrange as indústrias oceânica e aeronáutica", afirmou Nóbrega.

Fonte: UOL