O Financial Times publicou um suplemento sobre sustentabilidade nesta terça-feira, 24, no qual afirma que o Brasil é um dos países em melhor posição nesse aspecto.
No entanto, o diário reportou que setores como o de mineração acabam tendo dificuldades por causa dos “processos (de obtenção de licenças) ambientais cada vez mais rigorosos”.
“Como anfitrião da conferência Rio + 20, poucos países grandes estão em uma posição melhor que a do Brasil para defender o desenvolvimento sustentável”, disse o jornal.
A reportagem apresentou alguns argumentos:
A taxa de desmatamento da Amazônia caiu de 27 mil quilômetros quadrados em 2004 para 6,5 mil em 2010;
cerca de 80% dessa floresta está preservada;
quase metade da energia consumida no País vem de fontes renováveis; a média internacional é de 12%;
80% dos veículos produzidos no Brasil podem ser abastecidos com etanol (dado de 2010).
Por outro lado, o Financial Times não deixa de citar os conflitos em torno de questões ambientais. A hidrelétrica de Belo Monte gerou protestos, e ambientalistas temem que sejam construídas novas barragens, o que o governo nega.
Ativistas dizem, ainda, que o Código Florestal é leniente demais com os produtores que derrubaram florestas, ao lhes conceder anistia, mas fazendeiros argumentam que a legislação brasileira mais rígida que a de outros países nesse aspecto.
Ainda, a Vale recebeu no ano passado o troféu de “pior empresa do mundo” das ONGs Greenpeace e Declaração de Bernia, por ter supostamente  “uma história de 70 anos manchada por repetidas violações dos direitos humanos, condições desumanas de trabalho, pilhagem do patrimônio público e exploração cruel da natureza”. Depois disso, a Vale lançou o site Vale Esclarece, com o objetivo de responder as críticas.

Fonte: estadão