O grupo Taleban no Afeganistão disse nesta segunda-feira, 10, que está fazendo "todo o possível" para sequestrar ou matar o príncipe Harry, terceiro na sucessão ao trono na realeza britânica. Ele foi enviado ao Afeganistão na semana passada.

O neto da rainha Elizabeth II ficará no país no Oriente Médio durante quatro meses. Harry chegou a reclamar de ter sido retirado do Afeganistão. Ele é piloto de helicópteros e deve participar de missões de combate contra o Taleban, instalado na base de Camp Bastion, na província de Helmand.

O porta-voz do Taleban Zabihulah Mujahid disse à Reuters que o grupo está usando "toda a nossa força para nos livrarmos dele, seja matando ou sequestrando" (o príncipe). A entrevista, segundo a Reuters, foi concedida por telefone de uma localidade desconhecida.

De acordo com a AFP, contudo, o mesmo porta-voz teria dito que o grupo não quero "capturá-lo, e sim matá-lo". "Instruímos nossos comandantes em Helmand para que façam tudo que puderem para eliminá-lo", disse Mujahid, segundo a Reuters, que afirmou também que o porta-voz taleban se negou a dar mais detalhes da "operação Harry", como teria chamado o plano.

Poucos detalhes
O Ministério britânico da Defesa se negou a dar declarações sobre a ameaça do Taleban. Londres tem evitado divulgar informações sobre o período no qual o príncipe ficará no país, por questões de segurança. Aos 27 anos, ele retomou a função no Afeganistão depois de se envolver em uma polêmica ao ter fotos dele nu divulgadas.

Conhecido no Exército britânico como "Capitão Gales", Harry serviu no Afeganistão em 2008. Na ocasião, sua missão no país foi encurtada.

Fonte: Estadão