A Marinha recebe esta semana o primeiro dos três navios-patrulha que
comprou do Reino Unido para combater ações ilegais na costa do Estado do
Rio. As embarcações serão usadas para reprimir pirataria, contrabando,
tráfico de drogas e pesca sem licença. Elas também irão monitorar casos
de vazamento de óleo, repassando informações às autoridades ambientais,
além de atuar em salvamento. O primeiro navio foi batizado de Amazonas e
é parte da estratégia do governo de reforçar a frota da Marinha, para
defender as riquezas naturais brasileiras no Oceano Atlântico, inclusive
o pré-sal. Cada embarcação custou cerca R$ 103 milhões.
O Amazonas chega ao Arsenal da Marinha no Rio na próxima quarta-feira
e será recepcionado, numa cerimônia, pelo almirante de esquadra
Gilberto Max Roffé Hirschfeld, comandante de Operações Navais da
Marinha. Depois de deixar o Reino Unido, o navio levou dois meses para
chegar ao Rio.
Até 35 dias no mar
Segundo a Marinha, até dezembro terá início um programa de compras
que investirá R$ 8 bilhões em diversos tipos de embarcações, para
aumentar a presença e a força de combate no mar.
- Foi uma excelente aquisição, uma compra de oportunidade a um preço
bastante aceitável. No futuro, possivelmente, nós já teremos autorização
para construir navios desse tipo no país - disse o comandante da
Marinha, almirante de esquadra Julio Soares de Moura Neto.
O navio-patrulha, construído pela empresa BAE Systems Maritime, pesa
duas mil toneladas e é o primeiro do tipo a ser entregue ao Brasil. A
firma também construiu os dois outros navios patrulha que devem chegar
em breve ao Rio, o Apa e o Araguari. Com capacidade para passar 35 dias
no mar, cada embarcação possui um canhão e duas metralhadoras. Os
navios-patrulha podem transportar até seis contêineres e duas lanchas,
além de abrigar um heliponto, o que os torna aptos a operar em ações
humanitárias ou de resgate de náufragos.
Quando as três embarcações estiverem na cidade, ao menos uma estará
sempre em operação. Durante a viagem em direção ao Brasil, o Amazonas
atracou nos portos de Lisboa (Portugal), Las Palmas (Espanha), Mindelo
(Cabo Verde), Cotonou (Benim), Lagos (Nigéria) e São Tomé (São Tomé e
Príncipe).
Fonte: Yahoo
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