Uma autoridade militar sul-coreana disse que algumas das peças usadas no lançamento bem sucedido do foguete norte-coreano no mês passado parecem ter sido fabricadas na China.
A resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas estipula que países membros não podem exportar partes de mísseis para o isolado regime comunista da Coreia do Norte.
Os militares da Coreia do Sul analisaram os destroços, que inclui um tanque de combustível, do foguete lançado que caiu no Mar Amarelo, disse uma fonte à emissora japonesa NHK. O oficial não especificou que parte veio da China, mas disse que não havia escrita chinesa nela.
O oficial disse que as peças parecem ter vindo de outros quatro países, mas não forneceu mais detalhes. A agência de notícias sul-coreana Yonhap disse que “alguns países europeus” produziram os outros componentes.
Mas parece que os componentes não violam o Regime de Controle de Tecnologia de Mísseis, que foi adotado por 34 nações em 1987, para evitar a proliferação de tecnologias de mísseis e VANT (veículo aéreo não tripulado), porque são partes não-essenciais, informou a agência.
O Ministério da Defesa sul-coreano acredita que o Norte fez um avanço relativo em suas tecnologias de mísseis após examinar os destroços, informou o Yonhap. Isso coloca o alcance de seus foguetes em torno dos 9600 km – em pé de igualdade com uma série de outros mísseis balísticos.
“A maioria dos componentes principais utilizados no míssil de longo alcance foram fabricados pela própria Coreia do Norte”, disse um oficial de alto escalão da agência de inteligência do Ministério da Defesa ao Yonhap.
A revelação ocorre justo quando o Conselho de Segurança está prestes a passar outra resolução estipulando sanções mais duras contra a Coreia do Norte após o lançamento do foguete, informou o Yonhap, citando uma fonte com conhecimento do debate.
Pyongyang tem insistido que seu lançamento de foguetes era para fins pacíficos e não militares, para enviar um satélite ao espaço. O satélite norte-coreano de observação, que chegou a entrar em órbita, parece não estar funcionando, segundo astrônomos.
No final de dezembro, no entanto, as autoridades sul-coreanas disseram ao New York Times que descobriram evidências que sugerem que o lançamento da Coreia do Norte não tinha intenção pacífica. Eles disseram que o foguete poderia alcançar a costa oeste dos Estados Unidos e transportar uma ogiva pesando entre 500 e 600 kg.
“Eles desenvolveram eficientemente os três estágios do míssil de longo alcance usando sua tecnologia existente de mísseis Rodong e Scud”, disse um alto oficial da inteligência sul-coreana ao jornal no mês passado. O oficial disse que Pyongyang utilizou ácido nítrico fumegante vermelho como oxidante – o mesmo usado em mísseis Scud construídos pela antiga União Soviética.

Fonte: Epoch Times