http://3.bp.blogspot.com/-W70svgUQ71I/TcLrkeyl1VI/AAAAAAAACz8/4JxF3ry0Lg8/s1600/China-and-India.jpgPor detrás do protocolo diplomático, a visita do primeiro ministro chinês Li Keqiang à capital indiana, não conseguiu desviar as atenções de vários analistas sobre a questão dos contínuos problemas fronteiriços entre os dois países asiáticos, nomeadamente os problemas que resultaram nas últimas semanas da entrada de tropas chinesas no que os indianos consideram ser seu território.
A China e a Índia, são os dois mais populosos países do mundo e potencialmente duas das maiores economias, mas embora os laços comerciais entre os dois países tenham crescido muito nos últimos anos, as relações entre os dois países continuam a mostrar um certo grau de tensão, que tende a aumentar sempre que há problemas nas fronteiras.

Desde que a Índia se tornou um estado independente, que problemas decorrentes dos tratados entre a potência colonial administrante (o Reino Unido) e as várias autoridades chinesas levaram a recontros violentos entre os dois países.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_EuwDlz-erDjWH96Ek9XAk2SwvKtFq9u90pBb7a4PPlox1CxHk3NX5OXor2ehI250nX9LMPVZ3YIzFJHiTRkvAeX1i1LOBofWoUQw1rNeH_KmzlKm_PbWr_Byp7zf7qlNm-kSEGuWoGAQ/s1600/china-india.jpg O desenvolvimento de armas nucleares por parte da India está diretamente relacionado com a necessidade que a India sente de se defender do seu vizinho. A maioria dos mísseis balísticos indianos estão voltados para a China e não para o vizinho Paquistão. A India apoiou várias vezes os independentistas tibetanos e a China apoia abertamente o principal inimigo da India, o Paquistão fornecendo e participando no desenvolvimento de carros de combate, vendendo aviões e recentemente mesmo fragatas.
O desenvolvimento pela India de mísseis balísticos de médio alcance (que não são necessários para atacar o vizinho Paquistão) só se entende perante a necessidade de dispor de sistemas de mísseis que possam atingir as regiões mais populosas da China e a capital Pequim.

A visita do primeiro ministro da India apenas duas semanas após mais uma situação de tensão veio maiz uma vez levantar – ainda que indiretamente – o problema.
Os comunicados oficiais falam apenas do desenvolvimento das relações comerciais entre os dois países e referem que a India e a China serão o novo motor da economia mundial. No entanto excluem qualquer menção a qualquer dos muitos problemas políticos e territoriais que dividem indianos e chineses.

O problema principal entre os dois gigantes asiáticos continua sem ser tocado, nem que seja levemente.