Investigadores britânicos disseram neste sábado (13) que não há evidências que as baterias de íons de lítio tenham causado o incêndio em um 787 Dreamliner desocupado da Ethiopian Airlines na sexta-feira, no aeroporto de Heathrow, em Londres.
Em um comunicado divulgado hoje, o escritório de investigação de acidentes aéreos do Reino Unido disse que o incêndio, que se iniciou quando não havia mais passageiros a bordo, causou "danos intensivos de aquecimento na porção superior na fuselagem traseira" e espalhou fumaça por toda a aeronave.
A nota diz que as primeiras conclusões sobre o acidente devem demorar vários dias. As investigações, ainda iniciais, podem apontar para falhas em alguma parte do avião.
As baterias de íons de lítio do 787 da Boeing, apresentaram problemas de superaquecimento no início do ano.
Os problemas levaram as autoridades de segurança aérea a suspender todos os voos com o modelo até que as peças fossem substituídas.
INCÊNDIO
O incêndio de sexta-feira fechou as duas pistas de Heathrow, o maior aeroporto do Reino Unido, por mais de uma hora, atrasando centenas de voos programados em toda a Europa. Não houve feridos.
A Boeing se recusou a informar se o fogo está relacionado com as baterias de íons de lítio do 787, que apresentaram problemas de superaquecimento no início do ano.
"Estamos cientes do acontecido com o 787 em Heathrow. Trabalhamos para entender o que ocorreu", afirmou a empresa em nota.
A Ethiopian informou que seus técnicos de manutenção já haviam encontrado problemas no ar-condicionado do Dreamliner. Os funcionários teriam notado presença de faíscas, mas não de fogo. 

Fonte: UOL