O fundador do Megaupload, Kim Dotcom, está processando o governo neozelandês pelos "excessos" cometidos pela polícia na invasão da casa do empresário em janeiro de 2012. Na ocasião, equipes especiais da polícia entraram na mansão em vans e helicópteros, confiscando joias e outras propriedades sem relação com as acusações de infração de direitos autorais enfrentadas por Dotcom.
Nascido na Alemanha como Kim Schmitz, Dotcom tem direito de residência permanente na Nova Zelândia. Ele foi preso a pedido do FBI, acusado de cooperar com as infrações de direito autoral cometidas por usuários que enviavam arquivos ao site de troca de arquivos Megaupload. O empresário responde a um processo de extradição da Nova Zelândia para os Estados Unidos.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjEwlvEGp2HJtvx76zByihV2AKcAM24AglJmtqoXtDzDlvaTQ_Th6wX6FvsUL05sKZxUic9pVhQ-yYBu4tKW_CtCc0KuDFPorvcXIiDaUKQrO4G-JiOcRlmnkqiN2ENzK5rA3s4dZHMI0JT/s400/kim_dotcom_2.jpg O mandado de busca e apreensão usado pela polícia em 20 de janeiro de 2012 foi considerado ilegal pela justiça neozelandesa, garantindo a Dotcom o direito de processar o governo e obrigando a divulgação dos documentos da investigação. As autoridades entraram com recurso, mas os tribunais deram outra decisão favorável ao fundador do Megaupload em março de 2013.
O Escritório Governamental de Segurança nas Comunicações (GCSB, na sigla em inglês) também teria espionado Dotcom de maneira ilegal, porque o órgão era proibido de monitorar cidadãos do próprio país. Por conta desse caso, a lei foi modificada para que o GCSB tenha essa autoridade.
Segundo os advogados do empresário, policiais teriam usado força excessiva durante a invasão ilegal à mansão, pois ninguém teria apresentado resistência. Dotcom ainda disse que o processo deverá revelar o envolvimento dos programas de monitoramento da internet da Agência de Segurança Nacional (NSA), como o Prism, na obtenção de seus dados.
Por conta dos excessos, Dotcom pede uma indenização de seis milhões de dólares neozelandeses, ou R$ 11 milhões.

Do G1