China copia o caça Russo “obsoleto”

Tradução by Vinna

Segundo Ilya Kramnik da Agência Russa RIA Novosti, há sérios indicativos que a China utilizando gestões de engenharia reversa, conseguiu fabricar uma cópia da versão do caça Sukhoi Su-27 Flanker; e pior que estaria oferecendo a terceiros países a cópia sob a denominação J-11.

A China sempre teve uma apreciável capacidade de copiar adaptando a sua realidade projetos de tecnologia Russa. Entretanto isso ainda não parece uma ameaça a posição militar ou comercial Russa.

Desde 1950 a industria aeronáutica Chinesa vem evoluindo através da manufatura de aeronaves de origem soviética tais como os caças Mikoyan-Gurevich MiG-15 Fagot e MiG-17 “Fresco”, do bombardeiro de alcance médio Il-28 e dentre outros aviões de guerra. Ainda com auxilio soviético mesmo que de forma tardia a China produziu localmente o Tu-16, MiG-21, An-12 e dentre outros.

Cooperando de forma próxima com a União Soviética a China conseguiu criar uma respeitável e moderna Força Aérea já na 2a metade dos anos 60. Entretanto, este progresso teve um grande fator de estagnação que atingiu toda o complexo industrial Chinês que foi a revolução cultural iniciada em 1960.

Durante todo os anos 1960 e os 1970, a China não desenvolveu nenhum avião novo, a não ser versões ligeiramente melhoradas de aviões já em produção no caso o MiG-19 “Farmer” e do MiG-21 “Fishbed” que localmente receberam a denominação Q-5 e J7/J-8 respectivamente. Enquanto a União Soviética e os EUA desenvolviam caças de 4a geração. O que dava uma desvantagem técnica em relação a essas duas nações de pelo menos 18/20 anos.

Isso começou a mudar na segunda metade dos anos 80. Beijing tomou a iniciativa de vender, a maior parte seus caças obsoletos aos países de terceiro mundo mais pobres, incluindo nesta lista Albânia, Uganda e Bangladesh. Nesta mesma época (1987) a China exportou também suas aeronaves ao Irã e ao Paquistão, um aliado potencial de contra a Índia. Ao mesmo tempo que efetuavam estas vendas os líderes chineses atacaram em outra frente visando galgar mais rapidamente o degrau tecnológico.

Assim resolveram adquirir tecnologias modernas para a produção de aviões modernos. Em 1988, China comprou os planos e registros para a produção do caça multifuncional “Lavi” desenvolvido em Israel. Desta forma dezesseis anos mais tarde, em 2004, lançava o seu “Chengdu J-10” – que nada mais era do que um caça Israelense com aviônicos russos.

Moscou e Beijing haviam reatado relações nos 1980 o que acabou conduzindo a assinatura de diversos acordos cooperação técnico-militar que facilitaram transferências de tecnologia. (algo que o Brasil faz agora com a Rússia 28 anos depois).

O mais destes acordos de cooperação é que Beijing recebeu os planos e registros para a produção do caça multifuncional Su-27, além de montar sob licença diversos caças Su-30MKK de origem Russa. Dominando a manufatura destes caças avançados a China obteve superioridade sobre seus vizinhos e obteve uma nova perspectiva em termos de tecnologia aeronáutica.

É fato que os Chineses mesmo tendo acesso aos planos e informações técnicas não lograram desenvolver uma cópia eficiente de produção ta turbina do Su-27 a AL-31F. A cópia chinesa, denominada WS-10A, é menos econômica em combustível e útil menor que a original Russa. Por outro lado o J-11B, que é uma versão biplace do J-11 tem uma cabine “amigável” dotadas não de instrumentos digitais mas de telas de LCD em cores.

Além disso, há indicações firmes versões recentes do J-11 têm especificações melhores do que o radar N-001 Soviético, entretanto ainda é inferior ao moderno radar Irbis Russo.

Assim a China controlou a manufatura de um avião com tecnologia dos anos 80, 15 anos após as entregas iniciais de seus Su-27, e 10 anos depois que o primeiro Su-27 Chinês-montado (Su-30MKK) executou seu primeiro vôo. Desta forma o protótipo Su-27/J-11 não é nenhuma “sombra” dos caças Su-27SM que estão sendo adotados agora pela força aérea russa nem tão pouco do Su-35BM completou seus estágios de teste.

Embora o J-11 corra por fora de seu próprio nicho de mercado, ele não significa que o caça Russo perca popularidade. Nem transforma a China em uma “grande” ameaça militar a Rússia. É evidente que nem Moscou nem Beijing querem um conflito aberto das forças armadas. Mesmo sendo um conflito tão hipotético seria um conflito a ser decidido não por armas nem muito menos por caças avançados.

China copies obsolete Russian fighter

Fonte: RIA Novosti

MOSCOW. (RIA Novosti military commentator Ilya Kramnik) - Earlier this year reports appeared in the media that China had copied Russia's Sukhoi Su-27 Flanker fighter, and that its J-11 version, now manufactured in China, would be sold to third countries, undermining Russia's positions on the global arms market.

Although China has made some progress in adapting Russian designs and technology, it is still far from posing either a military or commercial threat to Russian aviation.

The Chinese aircraft industry evolved in the late 1950s with Soviet assistance, and soon mastered production of the Mikoyan-Gurevich MiG-15 Fagot and MiG-17 Fresco fighters, the Ilyushin Il-28 medium-range bomber and other warplanes. Later China got more modern aircraft from the U.S.S.R. - Tu-16, MiG-21, An-12 and others.

By cooperating closely with the Soviet Union, China managed to create a modern air force by the mid-1960s. However, this progress was squandered, and the national aircraft industry began to stagnate, after the beginning of the Cultural Revolution in the late 1960s.

Throughout the 1960s and the 1970s, China failed to develop any new aircraft, instead manufacturing the Q-5 and J-8 - revamped versions of the MiG-19 Farmer and MiG-21 Fishbed fighters.

Meanwhile, both the Soviet Union and the United States were developing fourth-generation fighters by that time. By the mid-1980s, the Chinese Air Force was lagging behind Russia and the United States by some 15-20 years.

Beijing mostly sold its obsolete warplanes to the poorest Third World countries, including Albania, Uganda and Bangladesh. China also exported its aircraft to Pakistan, a potential ally against India.

Chinese leaders eventually resolved to rectify the situation by purchasing up-to-date aircraft production technologies. In 1988, China bought production forms and records for Israel's Lavi multi-role fighter. Sixteen years later, in 2004, China mastered production of the Chengdu J-10 - an essentially Israeli warplane featuring Russian avionics.

Moscow and Beijing mended relations in the late 1980s, leading in 1989 to the signing of several military-technical cooperation agreements that facilitated technology transfers.

Most importantly, Beijing received production forms, records and assembly kits for the Su-27, as well as several Su-30-MKK fighters from Russia. By mastering these advanced warplanes, China obtained superiority over its neighbors and gained an insight into the latest aviation technologies.

Nevertheless, Chinese engineers have so far failed to master production of the Su-27's AL-31F power-plant. Its Chinese copy, the WS-10A, is less fuel-efficient and has a shorter service life. On the other hand, the J-11B, an upgraded J-11 version, has a pilot-friendly cockpit with color LCD screens.

A new Su-27 radar reportedly developed by China has better specifications than the Soviet-made N-001 radar, but is inferior to Russia's more modern Irbis radar.

To sum up, China has managed to copy an aircraft developed in the early 1980s 15 years after the initial Su-27 deliveries, and 10 years after the first Chinese-assembled Su-27 performed its maiden flight.

But the prototype Su-27 and the J-11 are no match for the revamped Su-27SM fighters now being adopted by the Russian Air Force and the new Su-35BM, which has entered its testing stage.

Although the J-11 will carve out its own market niche, this does not mean that Russian-made aircraft will lose their popularity. Nor will China pose a greater military threat to Russia. It is evident that neither Moscow nor Beijing wants an open military conflict. Even if such a hypothetic conflict ever flared up, it would be decided by weapons other than advanced fighters.

The opinions expressed in this article are the author's and do not necessarily represent those of RIA Novosti.