Este acontecimento teve inicio em: 24-05-1866 e terminou em 24-05-1866
Vencedor: Brasil



24 Maio 1866

Batalha de Tuiuti

Fonte Area Militar

Desde que o Paraguai tinha perdido a iniciativa, no inicio de 1865, que as forças aliadas, Brasil Argentina e Uruguai tinham aumentado a pressão sobre o Paraguai, tomando posições, se bem que lentamente em território do país. Além de tomar posições dentro do Paraguai, as forças aliadas, tinham vindo a aumentar muito o numero de efectivos.

O ditador Paraguaio Solano Lopez, pretendia com um forte golpe, destruir as forças aliadas e empurra-las para a outra margem do rio Paraná, para território brasileiro.

As tropas aliadas, encontravam-se próximo às margens do rio Paraná (do lado paraguaio) e preparavam-se para avançar sobre território paraguaio.
Solano Lopez tenta juntar um exército tão numeroso quanto possível para forçar a retirada das forças aliadas para a outra margem do rio Paraná.

O ataque é efectuado ao fim da manhã de forma algo desorganizada com um avanço directo sobre o sector central ocupado por forças uruguaias e brasileiras.

Ao mesmo tempo que tentam forçar a vanguarda aliada, os paraguaios tentam envolver os flancos ocupados por tropas brasileiras de um lado e argentinas do outro.

Durante a tarde, as forças paraguaias atacam incessantemente à custa de grandes perdas, sem que os seus ataques tenham conseguido desarticular as defesas aliadas. A sua relativa inferioridade numérica e o facto de terem atacado demasiado tarde no dia, contribuiu para que os ataques paraguaios não funcionassem como sería de esperar.

Ao fim da tarde, as várias tentativas paraguaias tinham fracassado, e as suas forças obrigadas a retirar com enormes baixas.

A batalha de Tuiuti, a maior batalha campal na América Latina, que envolveu mais de 50.000 homens, foi um desaire tremendo para os paraguaios, tendo segundo algumas fontes sofrido 12.000 baixas sendo metade relativas a mortos e os restantes a feridos ou prisioneiros. As forças aliadas, em posições defensivas e contando desde o inicio com superioridade numérica sofreram muito menos baixas.

O Paraguai falhou assim na sua tentativa de levar a guerra para território inimigo, e na tentativa falhada, perdeu uma parte muito considerável do seu exército, o que incluía as suas tropas mais válidas.


Batalha de Tuiuti: detalhe de uma pintura de Cândido López.

Batalha de Tuiuti

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Batalha de Tuiuti travou-se a 24 de Maio de 1866 nos pântanos circundantes do lago Tuiuti, em território do Paraguai.

É considerada pelos historiadores militares como uma das mais importantes batalhas da Guerra da Tríplice Aliança (1864-1865), a maior e mais sangrenta travada na história da América do Sul, tendo confrontado efetivos do Exército paraguaio e forças da Tríplice Aliança.

O cenário

Após as batalhas do Passo da Pátria e do Estero Bellaco (2 de Maio), as forças aliadas, sob o comando do argentino Bartolomeu Mitre avançavam cautelosamente em território inimigo, desconhecido, uma vez que não havia mapas confiáveis sobre o terreno. Do mesmo modo, não se dispunham de informações sobre os efetivos e a disposição das forças inimigas.

A cautela de Mitre conflitava com as diposições dos comandantes das forças brasileiras, que pugnavam por maior rapidez no avanço, compreendendo que a lentidão era danosa ao moral dos soldados, e comprometedora ao prestígio que as tropas em marcha tinham perante o inimigo.

Batalha de Tuiuti: teatro da operação.

Batalha de Tuiuti: teatro da operação.

A Batalha

De acordo com o testemunho de George Thompson, um inglês que lutou como oficial no Exército paraguaio, Solano López confiava em que, nesse momento, uma esmagadora vitória pudesse empurrar o inimigo de volta ao rio Paraná, decidindo a guerra a seu favor. Os seus oficiais, ao contrário, pareciam céticos quanto à possibilidade de bater um inimigo mais numeroso, em um terreno mais adequado à defesa, uma vez que os aliados acamparam nos pântanos ao redor do lago Tuiuti. Sem levar essas ponderações em conta, López reuniu o maior contingente de tropas que conseguiu, aprontando-o para o ataque.

A batalha iniciou-se por volta das 11 horas, estendendo-se por seis horas. O efetivo paraguaio atacou, distribuído em três colunas: a do centro, com um pouco mais de cinco mil homens, lançou-se sobre a vanguarda aliada, composta por três batalhões uruguaios e mais unidades de reforço brasileiras. As alas, cada uma com cerca de nove mil homens, tentaram realizar uma manobra de cerco sobre o Exército Imperial brasileiro (à esquerda) e o Exército Argentino (à direita) nos flancos do acampamento aliado.

Para os aliados houve surpresa, confusão, ausência do comandante em chefe (General Mitre), imprevidência; risco de derrota em vários momentos da luta. Porém, com o recrudescer dos combates e a iniciativa dos diversos escalões (companhias, batalhões, regimentos e brigadas) - aos poucos a batalha adquire personalidade própria e se transforma de quase derrota em expressiva vitória, na medida em que se agiganta a figura do General Osório, intervindo diretamente na luta. Na verdade, ele assumiu o comando-chefe da batalha do Tulutí; é seu chefe máximo.

Conseqüências

Batalha de Tuiuti: detalhe do quadro de Cândido López.

Batalha de Tuiuti: detalhe do quadro de Cândido López.

A batalha culminou com uma expressiva vitória dos aliados. As avaliações sobre as perdas variam de fonte para fonte, mas todas são acordes e enfáticas em apresentar Tuiuti como um túmulo para o Exército paraguaio. As suas perdas estimadas foram de seis mil homens, entre oficiais e soldados; os feridos e capturados ascenderam a mais seis mil homens. Algumas unidades, como o 40° Batalhão de Infantaria, foram aniquiladas.

Entre os aliados, as perdas estimadas ultrapassaram os quatro mil homens. No Exército brasileiro contavam-se entre 719 e 736 mortos, além de 2.292 feridos. Entre os mortos encontrava-se o general Antônio de Sampaio, comandante da 3a. Divisão de Infantaria. As baixas no Exército Argentino elevaram-se a 126 mortos e 480 feridos. As do Uruguai, a 133 mortos e 299 feridos.

Soldados uruguaios entrincheirados durante a batalha de Tuiuti.

Soldados uruguaios entrincheirados durante a batalha de Tuiuti.

Embora diante dessa verdadeira tragédia, ao final da batalha os aliados ainda possuíam uma força de combate, ao contrário de López que, dali por diante, nunca mais conseguiu reunir uma força daquela magnitude para combater.

Com a vitória, as tropas aliadas ficaram firmemente estabelecidas em território inimigo.

Desde então sem condições humanas para se bater em campo aberto, a Solano López restava resistir entrincheirado nas fortificações - Fortaleza de Curupaiti e Fortaleza de Humaitá - , com a esperança de poder desgastar as forças inimigas.