Em resposta a ataques, Israel fecha fronteiras de Gaza

Governo retoma bloqueio econômico após lançamento de foguetes durante trégua acordada com o Hamas

Agências internacionais Via Estadão


Vigia descansa em uma das passagens fechadas por Israel nesta quarta-feira

AP -Vigia descansa em uma das passagens fechadas por Israel nesta quarta-feira

JERUSALÉM - Israel voltou a fechar as passagens fronteiriças com a Faixa de Gaza em resposta ao lançamento de morteiros por parte de milicianos palestinos, incidente considerado como descumprimento da trégua alcançada entre o governo israelense e o movimento islâmico Hamas.

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Militantes do grupo palestino Jihad Islâmica dispararam três foguetes da Faixa de Gaza contra a cidade israelense de Sderot, após o Exército de Israel matar dois palestinos na Cisjordânia. Os ataques não provocaram danos ou mortes.

O ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, ordenou o fechamento de todos os cruzamentos fronteiriços que servem para a entrada de produtos na Faixa de Gaza. A medida afeta as passagens de Sufa, Nahal Oz e Karni, por onde foram impedidos de circular alimentos, medicamentos e equipamentos humanitários, enquanto Erez abrirá apenas para palestinos que precisarem de atendimento médico ingressar em Israel.

Analistas esperavam que o governo israelense decidisse responder ao ataque de foguetes com uma ofensiva contra a Jihad Islâmica ou com a redução da entrada de produtos e bens à Faixa de Gaza. Desde que se iniciou o cessar-fogo, Israel aumentou a quantidade de produtos que entram na faixa em 30%, como se comprometeu com o Egito, país que intermediou a trégua. Olmert condenou o disparo de foguetes, que qualificou de "flagrante violação do acordo de cessar-fogo".

O Egito assegurou na terça a Israel que só abrirá sua fronteira com Gaza após um acordo para a libertação do soldado israelense Guilad Shalit, capturado por militantes palestinos dois anos atrás. Durante encontro no balneário egípcio de Sharm el-Sheik, Olmert pediu ao presidente do Egito, Hosni Mubarak, que lidere "negociações intensivas" com o Hamas para obter a libertação de Shalit.