Chavez vai à Russia receber U$ 1 bilhão de empréstimo para comprar armas
Gesto de boa vontade, pretende incrementar relações Rússia-Venezuela


ÁREA MILITAR

A Venezuela tem efetuado vários negócios internacionais, em que utiliza o seu petróleo como moeda de troca. Ainda recentemente, a Venezuela assinou com Portugal vários acordos de cooperação em que de um lado o país sul-americano vende petróleo e do outro os portugueses fornecem vários artigos, desde computadores até produtos alimentares, ou mesmo, gasolina, pois embora a Venezuela seja um exportador de petróleo não tem uma grande capacidade de refinação.

Já nas relações entre a Venezuela e a Rússia, que se transformou no maior, ou praticamente no único fornecedor de armas para Hugo Chavez a situação não é a mesma, pois a Rússia, também depende basicamente da exportação de petróleo e da exportação de armamentos, e uma vez que a Rússia não precisa de petróleo, a Venezuela não tem nada para trocar. Embora a Venezuela tenha bastante petróleo a sua disponibilidade de dinheiro (reservas) é reduzida, pois parte dos seus recursos é gasta em programas sociais e subsídios atribuídos de forma mais ou menos arbitrária.

Por esta razão, desde o ano passado que Hugo Chavez tem pressionado o governo do Kremlin no sentido de Vladimir Putin lhe conceder crédito para a compra de equipamentos militares.

Embora na Rússia muitos analistas tenham desaconselhado a concessão de crédito à Venezuela, por considerarem que se trata de um governo populista e pouco seguro, os recentes acontecimentos no Cáucaso e a utilização da relação com a Venezuela como meio de propaganda junto da opinião pública russa, mostrando a determinação do governo russo em afrontar os Estados Unidos, levou a que fosse finalmente criada uma linha de crédito que permitirá a Hugo Chavez comprar mais armamentos, sem entregar petróleo como forma de pagamento.

A linha de crédito, atingirá por agora 1000 milhões de dólares (EUR 690 milhões ou R$ 1.9 bilhões) e destina-se a permitir a aquisição de sistemas cuja compra já vem sendo anunciada há algum tempo.

Submarinos e sistemas anti-aéreos

Na calha, com prioridade especial, está o dinheiro necessário para iniciar a construção ou modernização de submarinos russos do tipo «Kilo» que a marinha venezuelana precisa para complementar e posteriormente substituir os vetustos submarinos alemães que tem ao serviço. Também parece ser dada prioridade à aquisição de sistemas de defesa anti-aérea de curto e médio alcance.

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submarino russo do tipo «Kilo»

Além dos submarinos em que Hugo Chavez está interessado, está também em estudo a aquisição de veículos blindados ligeiros, anfíbios, destinados a substituir os AMX-13 e Scorpion-90 que a Venezuela tem ao serviço. Rumores de que os planos venezuelanos também prevêem a aquisição de carros de combate pesados não se materializaram ainda, embora analistas militares na capital russa, tenham afirmado que Chavez estará interessado na aquisição de carros de combate T-90.

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T-90

A Venezuela tem nos últimos anos entrado num programa de compras militares, como não ocorria há muitos anos. O país adquiriu armas ligeiras russas, uma licença para fabrica-las no país, aviões do tipo Su-27 modernizados e vários tipos de helicópteros de fabrico russo. A Venezuela tentou adquirir aeronaves de transporte de outras proveniências mas o embargo à venda de sistemas americanos, impossibilitou a compra, pelo que a eventual aquisição de aeronaves de transporte por parte da Venezuela também está em estudo.

Rússia libera US$ 1 bi para Venezuela comprar armas

AE - Agencia Estado

MOSCOU - A Rússia emprestará US$ 1 bilhão à Venezuela para que o país latino compre armas russas, informou hoje o Kremlin, no primeiro de dois dias da visita do presidente venezuelano, Hugo Chávez, ao país. "A Rússia tomou a decisão de liberar um crédito de US$ 1 bilhão para implementar programas no campo da cooperação técnico-militar", segundo um comunicado do Kremlin.

De acordo com a mídia russa, a Venezuela havia solicitado o empréstimo meses atrás. O Kremlin informou que o governo Chávez firmou 12 contratos de venda de armas com a Rússia desde 2005, com valores totais de US$ 4,4 bilhões.

A Venezuela já comprou caças de combate, tanques e rifles russos. O país também quer adquirir sistemas de defesa aérea, outros modelos de tanques e mais equipamento de combate, informou o jornal Kommersant.

Chávez deve se encontrar com o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, ainda hoje. Amanhã, ele se reúne com o presidente Dmitry Medvedev, em Orenburg, cidade na região dos Urais. É a terceira visita do líder venezuelano ao país desde junho de 2007. As informações são da Dow Jones.

Venezuela pretende adquirir mais equipamentos de defesa da Rússia

REVISTA ASAS

A Rússia está planejando vender para a Venezuela um novo lote de equipamentos para defesa, que inclui sistemas de artilharia anti-aérea, veículos blindados para transporte de tropas e jatos de combate, segundo declarou na tarde de ontem Sergei Chemezov, diretor geral da Rosoboronexport (agência estatal russa para exportação de equipamentos de defesa).

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BMP-3

“A Venezuela está negociando com a Rússia a compra dos veículos BMP-3, para transporte de pessoal e também a nova geração de caças Sukhoi Su-35, que deverá entrar em produção a partir de 2010”, disse Chemezov.

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Sukhoi Su-35


O país sul-americano possui uma longa tradição em operar equipamentos militares de fabricação russa, como fuzis de assalto, blindados e aviões e helicópteros de combate.


Os presidentes venezuelano, Hugo Chávez (E) e chinês, Hu Jintao, durante encontro em Pequim


China distancia-se de idéias de Chávez

Pequim evita laços ideológicos com presidente venezuelano

AP e Efe, Pequim - VIA ESTADÃO

A China distanciou-se ontem da ideologia antiamericana defendida pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez, ao afirmar que os vínculos entre Pequim e Caracas são normais e não se destinam a atingir nenhuma outra nação. As declarações foram feitas pela chancelaria chinesa horas após Chávez chegar a Pequim, onde deve se reunir hoje com o presidente chinês, Hu Jintao. "Nossas relações bilaterais não têm a ideologia como base e não afetarão as ligações com nenhum outro país", afirmou Jian Yu, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês.

A visita de Chávez à China faz parte de uma viagem internacional na qual ele deve passar por Rússia, Bielo-Rússia, França e Portugal. Durante a viagem, o líder venezuelano pretende assinar convênios em áreas como energia, infra-estrutura e cooperação militar. Antes de chegar a Pequim, Chávez fez uma visita a Cuba, onde se reuniu com Fidel Castro.

"A China está mostrando ao mundo que não é preciso prejudicar os outros para ser uma potência", afirmou Chávez. "Eles são soldados da paz." Questionado sobre sua ausência na Assembléia-Geral da ONU, nos EUA, Chávez respondeu: "É muito mais importante estar em Pequim do que em Nova York." Segundo dados oficiais chineses, a Venezuela é o sexto maior parceiro da China na América Latina - o comércio bilateral alcançou US$ 5,9 bilhões em 2007. A visita ocorre em meio a um aumento de tensão com os EUA por causa de exercícios navais que Rússia e Venezuela farão no Caribe.

ATAQUE CHAVISTA

A sede da rede de TV Globovisión em Caracas foi atacada ontem por um grupo de ativistas supostamente ligado ao governo. Segundo a emissora - considerada de oposição -, o grupo lançou bombas de gás lacrimogêneo contra o prédio.

O diretor da TV, Alberto Federico Ravell, disse que o grupo tem ligações com o governo e se chama La Piedrita: "O ataque é resultado da linguagem violenta que vimos nos últimos dias na imprensa." O Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), porém, negou ter ligação com o incidente.



Em Pequim, Chávez anuncia compra de aviões chineses

Chávez encontra Jintao em visita a China

Efe - Chávez encontra Jintao em visita a China


Presidente venezuelano também assinou acordos de petróleo;
aeronaves são de treino e reconhecimento


Efe VIA Estadão

PEQUIM - O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou nesta quarta-feira, 24, a compra de aviões de treino e reconhecimento chineses, um assunto sobre o qual Pequim não se pronunciou, após um dia marcado pela assinatura de acordos de petróleo. "Estamos negociando e acordando a compra de alguns aviões que são de treino e reconhecimento que fazem muita falta para nós", assinalou Chávez após encontro com o presidente da China, Hu Jintao.



Segundo o presidente venezuelano, a compra já foi acordada, mas não há ainda "detalhes". Há algumas semanas, Chávez havia anunciado que compraria de Pequim 24 aviões de combate, enquanto outras fontes assinalaram seu interesse em sistemas de defesa antimísseis e submarinos a diesel, que provavelmente negociará na Rússia, para onde viaja na quinta-feira.

Chávez iniciou nesta quarta a agenda oficial de sua quinta visita à China, marcada pela assinatura de 26 acordos em que predominou o setor do petróleo. A Venezuela é o quinto maior produtor dessa commodity e envia à China 4% do petróleo que os chineses necessitam.

Com os acordos assinados nesta quarta, Caracas aumentará o volume de exportação, que hoje é de 250 mil barris diários, para 500 mil. Entre os documentos assinados também há o acordo de construção de uma refinaria em Cabruta, na Venezuela, e outra em Cantão, na China.

Além disso, os dois governos estudam a construção de três refinarias adicionais em solo chinês. "A China pode se transformar algum dia no principal destino de nosso petróleo", ressaltou o chefe de Estado venezuelano.

Sobre a crise financeira, Chávez voltou a culpar Washington por sua "irresponsabilidade" e sua "grande farsa econômica". Segundo Chávez, que ao lado de Hu foi um dos poucos líderes que não foram à Assembléia Geral da ONU, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, "é um dos mais culpados."