A confusão do anuncio da compra do segundo lote
de F-16 Holandeses para a FACh


Tradução e adaptação livre: By vinna - Fuente: Enfoque Estratégico - Por José Higuera - Via Desarrollo y Defensa

Muita confusão e uma avalanche de denúncias durante a revelação pelo ministro da Defesa Chileno, Francisco Vidal, de que uma nova compra de caças F-16 de segunda mão estaria prestes a concretizar. Francisco Vidal, anunciou dia 28 de abril, que compraria um segundo lote de dezoito F-16A/B excedente Real Força Aérea Holandesa para substituir os F-5E Tigrer III do Grupo 7 da 5a. Aviação Brigada da Força Aérea do Chile, baseado em Cerro Moreno, perto de Antofagasta, 1,320 quilômetros ao norte de Santiago.

As declarações foram feitas na reunião do Comité de Defesa da Câmara dos Deputados do Parlamento chileno, onde o ministro Vidal afirmou que a transação estaria fechada pela cifra de 270 milhões de dólares.

A confusão se instalou quando no dia seguinte um porta-voz do Ministério da Defesa da Holanda ressaltou que "não há contratos assinados," e que o país "negociava com outros países" (nota: Jordânia, Iraque ou Argentina), o porta-voz ainda foi categórico ao afirmar que não existia qualquer entendimento que redundasse na transferência de caças F-16 para o Chile. Isso deu a entender que a possibilidade de compra pelos Chilenos nas bases já firmadas em 2008 estaria perdida (ou a perigo).

O ministro Chileno, em seguida, admitiu que a compra dos F-16 da Holanda não havia sido ainda assinada, mas que estava fechada uma vez que "A Força Aérea tem negociado com o governo holandês e este acordo será assinado tão logo o parlamento dê a permissão ao governo", Francisco Vidal informou ainda que o mal entendido foi esclarecido com o Governo Holandês através da Chancelaria.

Em um comunicado oficial a Fach anunciou que havia alcançado um "acordo satisfatório" com as autoridades holandesas para a compra de 18 aeronaves F-16, mas que esta ainda não havia se materializado através de um contrato formal, não o governo já ter sinalizado pela autorização. O comunicado também salientou que, juntamente com a aeronave aquisição irá incluir um pacote substancial de equipamento logístico e sistemas de treinamento e apoio (bancadas de manutenção, peças de reposição, simulador dentre outros).

A situação acirrou os ânimos no parlamento que “em tese” teria sido posto de lado na questão da compra das aeronaves. Há ainda também a questão politica relativa a investigação de corrupção na compra dos Mirage Belgas da Fach. Fato que envolve alguns políticos de partido de direita. Tanto é que os senadores Sergio Romero e Andrew Chadwick, Renovação Nacional (RN) e da União Democrática Independiente (UDI), que insistiu em que o ministro acusou Vidal havia posto em risco a negociação. Na mesma linha o candidato presidencial de direita, Sebastián Piñera, mostrou "perplexidade e falta de transparência na gestão do Governo. A atitude mais dura foi tomada pelo seu vice Alberto Cardemil (RN), que disse que se compra dos F-16 não ocorresse o ministro da Defesa, deverá enfrentar uma investigação.

A verdade por trás do episódio:

Originalmente a Força Aérea Chilena considera um upgrade de seus F-5E Tiger III em um programa de extensão da vida útil da aeronave com o objetivo de mante-la em serviço até 2020. No entanto, isto envolveria uma complexa intervenção a nível de parque (como a que a FAB adotou nos programa F-5Br) com a completa revisão da sua estrutura e vários dispositivos que em geral sofrem problemas de fadiga de material, bem como a troca de componentes estruturais essenciais, que só podem ser substituídos com grande custo.

Isto levou a Força Aérea para avaliar os custos de adaptação e manutenção dos F-5, com uma logística diferente. Confrontada com os custos de padronização da Frota para o padrão F-16 ficou claro que seria melhor optar pela compra de um lote adicional de caças F-16.

A compra de um segundo lote de F-16 de segunda mão da Holanda teve seu acordo alcançado em setembro do ano passado, e os seus termos foram aprovados pelo Ministério da Defesa do Chile no mês seguinte (outubro), que encaminho a proposta ao Ministério das Finanças (Ministério do Planejamento no Brasil) para inclusão no orçamento.

Porque há o risco do negocio não ocorrer:

A questão é simples, aparentemente os Chilenos através de influencia americana estaria comprando por um preço menor que o oferecido a outros países o lote de F-16. A divulgação do preço sem contrato assinado provoca indiretamente a desvalorização de lote assemelhado por outros países.

No caso de retirada (improvável!) da proposta dos holandeses, o Chile teria mais de uma alternativa. Isto porque a Dinamarca, Noruega, Turquia e Coreia do Sul estão se preparando para vender lotes de caças F-16 em condições assemelhadas aquelas oferecidas pela Holanda.