Polêmico busto de Stalin no Memorial do Dia-D

Fonte: NY Daily News, 19 de novembro de 2009 - Via Sala de Guerra


O Memorial Nacional do Dia-D deu iniciou um ultraje ao adicionar à sua galeria de líderes Aliados o busto do ditador soviético que ajudou a iniciar a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria.

Não somente Joseph Stalin matou mais pessoas do que Adolf Hitler em seu criminoso reinado, como também não enviou um único soldado russo para atacar as praias da Normandia em 1944.

William McIntosh, presidente do Memorial em Bedford, Virginia, insistiu que “a função do busto não é honrar Stalin”.

Stalin está incluído junto aos bustos de Franklin Roosevelt e Winston Churchill, porque os soviéticos “venceram o front oriental e ajudaram a ganhar a guerra”, ele disse.

Ele é parte da narrativa e a missão da nossa fundação é preservar o legado e as lições do Dia-D. Um dos legados do Dia-D é a Guerra Fria”.

Esta explicação não satisfez Alex Storozynski, da Fundação Kosciuszko em Manhattan, cujo pai lutou no Dia-D como membro de uma unidade do Exército Polonês.

Dada a lógica de McIntosh, os Estados Unidos deveriam erigir uma estátua de Saddam Hussein porque ele foi aliado dos EUA nos anos 80, quando apoiávamos o Iraque na guerra contra o Irã”, disse Storozynski.

Richard Pumphrey, o escultor que criou o busto de Stalin, escreveu no website do Memorial que deixar de fora o “vilanizado ditador” seria como deixar Judas de fora da “Última Ceia” de Leonardo Da Vinci.

As mãos de Stalin estiveram embebidas no sangue de milhões de ucranianos mesmo antes dele e Hitler destrincharem a Polônia e iniciar a Segunda Guerra Mundial em 1939.

Como aliado de Hitler, Stalin ordenou aos seus homens que deportassem mais de um milhão de poloneses e judeus para a Sibéria, e assassinassem 22.000 oficiais do Exército Polonês na floresta de Katyn.

Stalin mudou de lado quando Hitler invadiu seu território, e depois escravizou a Europa Oriental por meio século após expulsar os alemães.