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A seguir às Malvinas, seria a vez do Chile
Militar argentino confirma rumores sobre intenções de guerra

Fonte: Area Militar

Embora não constitua nenhuma novidade, dado a intenção da Argentina ter já sido mais que discutida, desmontada e analisada de todos os primas, reveste-se de alguma importância a declaração de um antigo líder da junta militar que governava em Buenos Aires no inicio dos anos 80, em que afirma que depois de terminada a operação contra as ilhas Malvinas, era intenção da Argentina invadir o Chile.

A questão do conflito Chile-Argentina e de um ataque deste último país, tem circulado nos meios que estudam este tipo de questões, havendo várias versões. Uma das versões afirma que a intenção inicial da junta militar argentina era a de atacar inicialmente o Chile, opção que por pressão de vários países foi preterida em favor de um ataque a um alvo que aparentemente era mais fácil e permitia uma vitória fácil, além de constituir também um possibilidade de afirmação de orgulho patriótico: as ilhas Malvinas, que a Argentina reclama como suas.

No entanto, na passada semana, um destacado oficial da junta militar, o Brig.General Lami-Dozo, veio confirmar numa entrevista, que a Argentina considerava de facto a possibilidade de lançar um ataque contra o Chile, logo que terminasse a operação contra as Malvinas, a qual se esperava decorresse sem grandes incidentes e sem problemas de maior.

Com uma vitória sobre a Grã Bretanha, os militares argentinos pretendiam aumentar a auto-estima da população, criando assim o clima de pré-guerra que levasse o povo a apoiar a continuação de operações de reconquista de áreas que a Argentina considera como historicamente de sua propriedade, nomeadamente a região do canal de Beagle e algumas das ilhas da região austral.

A vitória sobre a Grã Bretanha era vista também como um aviso para o Chile, para que os generais chilenos percebessem que a seguir seriam eles a lidar com a maior potência militar da América do Sul.

Os falcões das forças armadas argentinas

Segundo as declarações do militar, um grupo de «falcões», ou generais interessados na acção militar estava na disposição de conseguir aqueles territórios se necessário pela força, preparando-se para atacar o Chile de Pinochet.

Os generais mais extremistas seriam comandados pelo general Luciano Menendez, chefe do III Corpo de Exército. Mas além dos militares do exército, havia oficiais ainda mais favoráveis à operação contra as Malvinas, cujo principal apoiante era o comandante da marinha argentina o Almirante Jorge Anaya.

O comportamento do Almirante Anaya, foi aliás dos mais curiosos em todo o conflito. Activo defensor da guerra mas unicamente habituado à tropa de desfiles militares e cantos patrióticos, ficou completamente aturdido quando de repente os britânicos afundaram o cruzador General Belgrano no dia 10 de Maio.
As deficiências da marinha, vieram ao de cima em menos de 24 horas e a força, o ramo mais belicoso das forças armadas, voltou para casa com o rabo entre as pernas.

O conflito nas Malvinas, não só não serviu de prenúncio para uma guerra com o Chile, como foi a sepultura da ditadura militar argentina. Com uma campanha dirigida de forma pouco profissional, sem coesão interna, os militares apenas contaram com a coragem inútil de recrutas argentinos, que acabaram por se render em 14 de Junho de 1982 depois de fortes combates em torno da capital das ilhas.

A Argentina acabou por acertar com o Chile de forma pacífica a divisão de fronteiras.