Os caças F-5 Tiger, que estão a mais de 30 anos em operação na Suíça, terão que permancer em voo por mais uns 5 anos no mínimo.

A Suíça informou nessa quarta-feira que adiou por vários anos sua procura por um novo caça que equipará sua força aérea, apenas semanas antes da aguardada decisão da competição multi-bilionária.

O Ministro da Defesa da Suíça Ueli Maurer disse numa entevista coletiva que o adiamento da substituição de cerca de metade da antiga frota de antigos caças F-5 Tiger “irá durar pelo menos até 2015″.

A competição lançada em janeiro de 2008 estava sendo disputada pela grupo europeu EADS com o caça Eurofighter, pela companhia francesa Dassault e seu jato Rafale, e pela fabricante sueca Saab com o caça Gripen.

A Suíça pretende ainda nessa década substituir cerca de 54 caças F-5 Tiger.

O governo suíço disse num comunicado, que foi decidido “numa proposta do Ministério da Defesa, suspender a substituição de 54 caças F-5 Tiger que estão obsoletos.”

Ele citou restrições orçamentárias que apareceram durante as avaliações das aeronaves, bem como do desejo de utilizar os recursos para cobrir outras necessidades militares mais urgentes.

A Suíça também possui 33 caças F/A-18 Hornet fabricados nos EUA utilizados como principal força de defesa aérea.

Maurer, que assumiu a função 11 meses após o início do processo de escolha, foi um crítico feroz da competição, estimando que ele teria que cortar todas outras principais compras militares por oito anos se os caças fossem adquiridos.

Um decisão na escolha das aeronaves havia sido adiada recentemente, quando a imprensa suíça havia reportado que o ministro da defesa estimava o custo de substituição de 22 caças F-5 de 3,4 bilhões para 4,8 bilhões de dólares.

Quando a competição foi lançada, a Suíça planejava investir entre 2,1 e 2,3 bilhões de dólares para substituir os caças F-5, alguns dos quais com mais de 30 anos de vida operacional.

O governo suíço está agora visando assegurar um adequado orçamento a partir do próximo ano, para poder adquirir esses caças a partir da segunda metade da década.

Fonte: AFP – Via: Cavok