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O papel que cabe ao Brasil nos processos de negociação da convivência no Oriente Médio está em apoiar os setores árabes “moderados” para favorecer o clima de diálogo, afirmou ao UOL Notícias o embaixador israelense no Brasil, Giora Becher.

O diplomata explicou que a questão da paz entre as diversas forças na região é um tema que esteve presente nas visitas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo chanceler Celso Amorim a Israel.

“A posição nossa [de Israel] é que Brasil tem um papel importante em apoiar países moderados do mundo árabe”, afirmou Becher. “Brasil é um país amigo de Israel, mas também amigo dos palestinos. É muito importante que o presidente Lula e o chanceler Amorim dialoguem com os palestinos para dar impulso aos setores da sociedade palestina que querem conviver com o Estado de Israel”.

De acordo com o embaixador, os setores “moderados” aos quais ele se refere são “os países que aceitam o conceito de paz” e “que aceitam a existência de um país como Israel” no Oriente Médio.

Nesta sexta-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, convidou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, a uma reunião no dia 2 de setembro para relançar o diálogo direto de paz, suspenso desde a ofensiva militar israelense em Gaza, no final de 2008.

Pouco depois do convite dos EUA, o Quarteto para a Paz no Oriente Médio emitiu um comunicado apoiando as negociações e um acordo que termine com a "ocupação" que começou em 1967 e resulte na proclamação de um Estado palestino independente, democrático e viável, que conviva em paz e segurança com Israel e seus outros vizinhos.

Netanyahu aceitou imediatamente o convite dos EUA e explicou que negociará “com o desejo genuíno de alcançar a paz entre os dois povos”, ponderando que preservaria “os interesses nacionais de Israel, sendo o principal deles sua segurança".

Yasser Abed Rabbo, representante da Organização da Libertação da Palestina (OLP) também anunciou aceitar o convite americano, após a reunião do Comitê Executivo, em Ramallah, na Cisjordânia.

O embaixador Becher comemorou os avanços. “Não é fácil para Israel e não é fácil para os palestinos”, afirmou o embaixador. “Mas acreditamos que não temos outro caminho. Caminho de guerra, caminho de conflito militar não é caminho que resulte em algo positivo”.




Fonte: Uol Noticias