O Exército norte-coreano disse nesta segunda-feira (20) que "não vale a pena reagir" ao treinamento militar realizado pela Coreia do Sul na disputada ilha de Yeonpyeong, segundo noticiou a agência estatal KCNA. As ameaças norte-coreanas provocaram temor de um conflito armado na região.

Seul realizou, nesta segunda, manobras militares na ilha, perto da fronteira marítima com a Coreia do Norte, apesar das constantes ameaças de represálias de Pyongyang.

A simulação de um dia com artilharia real foi uma resposta ao ataque a míssil norte-coreano que matou quatro pessoas - dois soldados e dois civis sul-coreanos - no dia 23 de novembro, na mesma ilha.

Os exercícios militares na ilha de Yeonpyeong tiveram duração de uma hora, segundo a agência sul-coreana Yonhap.

Militante segura placa de paz em vigília por vítimas de ataque norte-coreano em ilha do Sul, nesta segunda, em Seul
Militante segura placa de paz em vigília por vítimas
de ataque norte-coreano em ilha do Sul, nesta
segunda, em Seul (Foto: Park Ji-Hwan/AFP)

O ministério da Defesa de Seul não comentou as informações e deve divulgar um comunicado ainda nesta segunda-feira. A neblina atrasou o início das manobras, que segundo as previsões oficiais deveriam durar menos de duas horas.

Os norte-coreanos ameaçaram com uma retaliação ainda mais mortal se os exercícios fossem adiante, o que levou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a se reunir, neste domingo, para tentar acalmar as tensões. No entanto, o encontro terminou sem acordo.

Pouco antes do anúncio do início das manobras militares, a rede de TV CNN informou que, segundo o ex-embaixador dos Estados Unidos na ONU Bill Richardson, a Coreia do Norte havia aceitado novas inspeções às suas instalações nucleares em uma tentativa de evitar a manobra militar. A informação não foi confirmada pelo regime norte-coreano.

O regime comunista do Norte não aceita a fronteira desenhada no Mar Amarelo por um general americano no fim da Guerra da Coreia, em 1953. Por isso, diz que qualquer disparo feito na região corre o risco de risco de cair em águas norte-coreanas.

* Com informações da Reuters e da France Presse - Via: G1