A proposta apresentada por Portugal, França, Reino Unido e Alemanha, que defende uma clara condenação internacional da violência na Síria e a investigação independente dos factos, esbarrou na oposição da Rússia e da China.

Os europeus fracassaram na sua tentativa de fazer com que o Conselho de Segurança das Nações Unidas emitisse uma declaração condenando a violência do regime sírio contra os manifestantes antigovernamentais.



Um rascunho de declaração apresentado pelos quatro países europeus no órgão – França, Reino Unido, Alemanha e Portugal – não encontrou apoio em Nova Iorque.

Com a declaração, procurava-se condenar a violência contra manifestantes pacíficos, pedir o fim imediato da repressão do governo e iniciar uma investigação independente dos recentes acontecimentos no país. Segundo activistas de direitos humanos, cerca de 400 pessoas já morreram devido à acção das forças de segurança na repressão aos protestos contrários ao regime.

A oposição à proposta europeia veio principalmente dos embaixadores da Rússia e da China na ONU, que afirmaram que a situação na Síria não pode ser considerada uma ameaça à paz e à segurança internacional. Por isso, descartaram uma declaração condenando a Síria e também uma investigação independente da situação no país. A Rússia alertou que uma interferência externa poderia iniciar uma guerra civil na Síria. Também o Líbano foi contra a proposta europeia.