Novo acidente interno no porta-aviões São Paulo está tirando o sono de familiares dos militares a bordo. “Pior que ele ocorre para piorar um clima interno que já não está bom há muito tempo”, conta militar ouvido pela Coluna.

O acidente aconteceu quando o São Paulo estava em uma nova etapa de adestramentos e preparação do porta-aviões para voltar à ativa. A embarcação suspendeu âncora segunda-feira passada com previsão de retorno para a tarde de ontem. Na quarta-feira de manhã, porém já estava de volta.

“Saímos dia 15 (segunda-feira) e no mesmo dia aconteceu o primeiro incêndio na caldeira. No dia seguinte, outro incêndio ocorreu na chaminé. Na quarta, ficamos sabendo através de pessoas que trabalham diretamente nas máquinas que outros dois incêndios aconteceram, mas não foram divulgados à tripulação”, relata um militar que estava embarcado na missão dessa semana. Versão repetida à Coluna por outros dois militares e um familiar.

Os incidentes apavoram a tripulação do porta-aviões São Paulo porque trazem à memória o trágico acidente ocorrido em maio de 2005, quando vazamento de vapor causou a morte de um terceiro-sargento e feriu dez militares. Desde então a embarcação passa por reparos. O local do vazamento de vapor, a catapulta responsável pelo lançamento das aeronaves, foi totalmente reparado, mas, como dizem os militares, outros setores ainda requerem maior atenção.

Fonte: O DIA