Dezoito caças a jato Sukhoi Su-30K que foram entregues pela Rússia para a Índia na década de 90 podem acabar em operação com a Força Aérea da Bielorrússia, conforme disse nessa sexta-feira o respeitado diário russo de negócios Kommersant.

A Rússia e a Índia concordaram com a venda de avançados caças Su-30MKI para a força aérea indiana, em meados da década de 90, mas Moscou não foi capaz de entregar as aeronaves até o início de 2000. Os dois países encontraram um solução – e os primeiros 18 aviões de combate foram entregues na versão inferior, Su-30K, com a condição de que fossem devolvidos à Rússia depois de serem substituído por modelos Su-30MKI.

De acordo com o Kommersant, as aeronave foram formalmente devolvidas a empresa de aviação Irkut da Rússia, mas nunca tocaram o solo russo e acabaram na Bielorrússia.

Os primeiros 10 jatos foram recentemente entregues a uma fábrica de aviões em Baranovichi, para uma revisão profunda que vai transformá-los na versão Su-30kN, citou o Kommersant aravés de uma fonte próxima a exportadora estatal de armas da Rússia, a Rosoboronexport. Os oito caças restantes devem chegar em novembro.



Decolagem de um SU-30K. A India Pretendia submeter todos os 18 aviões dessa variante ao padrão completo Su-30MKI.

A fonte disse que a Bielorrússia estava interessado em comprar os caças Su-30K porque o país não tem condições para adquirir novas aeronaves e que o acordo poderia ser muito barato.

De acordo com especialistas russos, o preço atual de um desatualizado Su-30K após depreciação é de cerca de US$ 10 milhões. Uma revisão exigiria adicionais US$ 5 milhões por aeronave.

“Para comprar um caça dessa categoria por US$ 15 milhões é um bom negócio,” citou Ruslan Pukhov, o chefe do Centro Russo para Análise de Estratégias e Tecnologias.

Apesar de alguma perda por tal negócio, a Irkut pode ser forçada a vender o Su-30Ks à Bielorrússia, porque o Ministério da Defesa russo não vai gastar o dinheiro em aviões antigos, e outros potenciais compradores – Síria e Sudão – estão fora do páreo por razões políticas.

Fonte: RIA Novosti – Via: Cavok