O Plenário aprovou nesta terça-feira a Mensagem 402/11, do Executivo, que autoriza a Marinha brasileira a enviar um navio com aeronave e até 300 militares para integrar a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), cuja Força-Tarefa Marítima (FTM) é comandada por um militar brasileiro. A mensagem, transformada no Projeto de Decreto Legislativo 443/11, será enviada para votação no Senado.

A urgência para a votação da mensagem decorre da proximidade da data de saída do navio, marcada para 4 de outubro.

Atualmente, a Unifil conta com a participação de 35 países, incluído o Brasil, e mobiliza cerca de 12 mil militares e policiais, além de mil funcionários civis. O orçamento anual da missão é de 545 milhões de dólares (cerca de R$ 900 milhões).

O navio brasileiro que será enviado ao Líbano servirá como navio capitânia da frota aportada na região, que é composta ainda de três navios alemães, dois de Blangadesh, um da Grécia, um da Indonésia e um da Turquia.


Fragata Niterói, a primeira da classe, que tem 6 navios




Corveta Barroso. Construída no Brasil, a mais nova da esquadra


Paz com Israel
A participação do Brasil na Unifil foi aprovada pela Câmara em dezembro de 2010. Essa missão foi criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1978 para certificar a retirada das tropas israelenses do território libanês. Israel invadira o país naquele ano como represália a ataques da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), que havia se transferido com exilados palestinos da Jordânia para o Líbano.

Em 2006, depois de novos ataques de Israel ao Líbano, o Conselho de Segurança da ONU renovou a missão e acrescentou outros objetivos, como o de monitorar o fim das hostilidades, acompanhar e apoiar as forças libanesas e apoiar o acesso à assistência humanitária à população civil.

Com a aprovação do envio do navio à região, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o ministro da Defesa, Celso Amorim, argumentam que o Brasil reforçará sua liderança na Unifil.

Os relatores da mensagem, deputados Pepe Vargas (PT-RS) e Fernando Ferro (PT-PE), apresentaram parecer pela aprovação da matéria.

Fonte: Câmara