O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, acusou o governo dos Estados Unidos de ter participado da operação que matou o ex-ditador da Líbia, Muammar Kadafi, em 20 de outubro. Após a divulgação da captura de Kadafi, sua morte foi anunciada antes que o ex-líder chegasse ao hospital, o que levantou dúvidas quanto a possibilidade de ter sido executado no transporte. Em resposta, o Departamento de Defesa dos EUA afirmou que a acusação é “absurda”.

Durante um programa de televisão no qual responde perguntas feitas pelo telefone, Putin declarou “Drones (aviões não tripulados), principalmente americanos, atacaram o comboio. Depois, as forças especiais, que não tinham nada o que fazer ali, chamaram com seus rádios a pseudo oposição e os combatentes que o eliminaram sem julgamento e sem investigação”. Por sua vez, capitão John Kirby, porta-voz do secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, afirmou “a afirmação de que as forças especiais dos EUA tiveram envolvimento na morte do coronel Kadafi é absurda”.

O premiê fez a declaração em meio a um momento de polêmica entre os russos, pois a oposição defende que houve manipulação dos resultados das eleições parlamentares d4 de dezembro. Por conta disso, a população saiu às ruas e fez os maiores protestos desde a queda da União Soviética, há 20 anos.

A apuração final mostrou que o partido de Putin, a Rússia Unida (RU), teve quase 50% dos votos, o que garante a maioria no Parlamento, mas reduz a quantidade de cadeiras que eram suas até então.

Fonte: Noticias BR