O ministro da Defesa do Peru, Alberto Otárola, se reuniu nesta terça-feira com o titular da pasta no Brasil, Celso Amorim, com quem analisou assuntos de segurança nas fronteiras e uma possível compra de aviões de combate para reforçar o poder da aviação peruana.

'Foi analisada a possibilidade de uma venda de aviões, mas da perspectiva de uma cooperação industrial', o que também representaria uma transferência de tecnologia, disse Amorim a jornalistas ao lado do ministro peruano.

Otárola detalhou que seu país está interessado na tecnologia do Super Tucano, um turboélice de ataque ligeiro e treinamento avançado desenvolvido pela Embraer, considerado ideal para operar nas densas regiões amazônicas.

A Força Aérea peruana possui cerca de 30 aviões Tucano, um modelo anterior, e pretende modernizar esses aparatos em uma operação que poderia incluir ainda a aquisição de dez Super Tucano, indicaram os ministros.

Segundo explicaram à Agência Efe fontes oficiais, o Super Tucano tem atualmente um preço de entre US$ 10 milhões e US$ 15 milhões, que varia em função do equipamento bélico incorporado.

Amorim e Otárola também começaram a analisar as bases de um futuro acordo de segurança nas fronteiras, que segundo explicaram será similar e complementar ao que o Peru já mantém com a Colômbia.

O ministro brasileiro indicou que esse acordo representará uma maior cooperação entre os países, com troca de tecnologia e sistemas de satélites que ambas as nações utilizam para vigiar as regiões amazônicas.

Após a reunião com Amorim, Otárola deve visitar uma base da Força Aérea Brasileira em Anápolis (GO), a cerca de 130 quilômetros de Brasília, onde terá a oportunidade de voar em um Super Tucano.

Nessa base conhecerá ainda o avião-radar E-99 (foto topo), que também é desenvolvido pela Embraer e adaptado especialmente para operações de vigilância na região amazônica.

Otárola também visitará a sede da Embraer em São José dos Campos (SP) e depois irá ao Rio de Janeiro, onde nesta quarta-feira percorrerá instalações da Marinha, nas quais possivelmente será realizada a manutenção dos submarinos peruanos IKL 209 (foto modelo ao lado).


No Rio, o ministro peruano conhecerá também um centro de alta tecnologia do Exército, no qual são fabricados os veículos de combate 4x4 Gaúcho (foto acima), desenvolvidos pelo Brasil em parceria com a Argentina.

Fonte: Veja

O Peru está considerando comprar dez aeronaves leves de ataque Super Tucano da Embraer enquanto trabalha em conjunto com o Brasil para fortalecer a vigilância sobre a fronteira de selva, disse o ministro da Defesa Celso Amorim nesta terça-feira. Amorim disse que o exército peruano também está interessado na aeronave de carga KC-390, também da Embraer, e no veículo blindado de terra Guarani, um projeto do exército brasileiro cuja produção deve começar este ano."A venda de Super Tucanos tem sido objeto de conversas já há algum tempo. Nesse contexto em que estamos trabalhando com a possibilidade de dez aviões", disse Amorim a repórteres em Brasília. Ele disse que a negociação também incluiria o compartilhamento de tecnologia e cooperação industrial.




Blindado Guarani, radar Saber 60 e fuzis Imbel foram desenvolvidos pela Força terrestre com tecnologia nacional e por meio de parceria com empresas privadas do setor de defesa

Amorim se reuniu com o ministro da Defesa do Peru, Alberto Otarola, na capital brasileira para discutir maior cooperação na patrulha da fronteira entre ambos os países na Floresta Amazônica. Otarola não especificou o número de aeronaves Super Tucano, mas reconheceu a existência de negociações com a Embraer.

Ele visitará os escritórios da Embraer em São José dos Campos (SP) na quarta-feira."Esperemos que essas negociações sejam bem-sucedidas", disse. O acordo poderia ser valorado em cerca de US$ 150 milhões, de acordo com uma fonte do governo.

A Embraer, terceira maior fabricante de aeronaves do mundo, vê possibilidade de vender outros 50 Super Tucanos na América Latina após ter vendidos mais de 60 até agora na região. A empresa também busca mais vendas a nações-membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) após ter assegurado uma encomenda da Força Aérea dos Estados Unidos.

As unidades de defesa da Embraer prometem crescimento constante, aliadas às Forças Armadas do Brasil conforme o país fortalece a proteção de suas vastas fronteiras e distantes reservas costeiras de petróleo. Isso deve reduzir a dependência da empresa em receitas altamente cíclicas vindas da aviação civil.

Nos últimos anos, a Colômbia, Equador e Peru compraram aeronaves de defesa da Embraer para fortalecer sua defesa aérea conforme aumentavam a vigilância de suas fronteiras, lutavam contra rebeldes armados e confrontavam o tráfico de drogas.


Fonte: terra