Desde há alguns anos que a China anunciou a sua intenção de desenvolver um míssil balístico com capacidade para atacar porta-aviões.
A possibilidade de uma arma deste tipo ser eficiente sem utilizar armamento nuclear tem sido posta em causa. Entre as principais razões, está a dificuldade que existe em acertar num alvo que se pode mover a uma velocidade superior a 30 nós (mais de 55km/h), utilizando para o efeito um projectil balístico.

Em tese, a possibilidade de um míssil balístico atingir um porta-aviões, seria a mesma de alguém atingir com uma pedra um automóvel em andamento, numa estrada perpendicular a cerca de 20km de distância, sendo que o automóvel pode mudar para uma pista diferente e sabe que alguém lhe atirou uma pedra.

Porém, recentemente foram divulgadas informações que dão conta do desenvolvimento das pesquisas chinesas na área das armas que produzem impulsos electro-magnéticos e que conseguem por fora de serviço qualquer equipamento eletrónico.

Este tipo de armamento é visto como importante numa guerra contra uma potência altamente dependente da tecnologia e da eletrónico como ocorre com as forças armadas norte-americanas.

O principal receio dos analistas norte-americanos decorre da possibilidade de instalar armas deste tipo numa ogiva do novo sistema da família DF-21, no caso o DF-21D «carrier killer», um míssil que segundo várias fontes, foi especialmente desenvolvido para atacar porta-aviões.

As armas que exploram o impulso electro-magnético, não são uma novidade e são estudadas e desenvolvidas desde a década de 1960. A sua eficácia é considerável e por isso foram já desenvolvidos sistemas de defesa adequados para responder à ameaça a bordo de navios.

Especialistas norte-americanos afirmam que as armas EMP serão de eficiência duvidosa contra porta-aviões, pois estes navios, especialmente os mais recentes porta-aviões americanos e os que foram modernizados a partir da década de 1990 estão fortemente blindados contra este tipo de ameaça eletrónica.

No entanto, ainda que o navio possa ter os seus principais sistemas protegidos, há uma miriade de sistemas que ainda que não sejam essenciais, são importantes para a normal operação dos navios.
Sistemas simples como sistemas secundários de comunicações, intercomunicadores e dispositivos de sinalização, poderão reduzir a eficácia de um navio e facilitar a ação por exemplo de submarinos convencionais ou aeronaves não tripuladas ou mesmo mísseis anti-navio.

Segundo estes últimos especialistas, um ataque com uma destas armas, poderá até não afetar os principais sistemas de um porta-aviões, mas afetará sem dúvida todas as aeronaves que estiverem desprotegidas e preparadas para descolagem na coberta do navio.
Ao complicar de forma dramática a operação de um navio porta-aviões num momento crítico, uma arma EMP poderá ter uma eficácia que não é de momento quantificável.

Fonte: Area Militar