Em 1º de abril de 1918, é formada a RAF (Royal Air Force), um amálgama da RFC (Royal Flying Corps) com a RNAS (Royal Naval Air Service). A RAF passou a ocupar seu lugar ao lado da Marinha e do Exército britânicos como um serviço militar separado, com seu próprio ministério.

Em abril de 1911, oito anos após os irmãos norte-americanos Wilbur e Orville Wright terem realizados um voo em aparelho auto-propelido e mais pesado que o ar e cinco anos após o êxito do voo do 14-bis do brasileiro Alberto Santos-Dumont, um batalhão aéreo dos Engenheiros Reais do exército britânico foi formado em Larkhill, Wiltshire. Em dezembro de 1911, a Marinha britânica organizou a Royal Naval Flying School em Eastchurch, Kent. No mês de maio subsequente, ambos foram absorvidos pelo recentemente criado Royal Flying Corps, que montou uma nova escola de pilotagem aérea em Upavon, Wiltshire e formou novos esquadrões aéreos. Em julho de 1914 exigências específicas da Marinha levaram à criação da RNAS.




Pouco mais de um mês depois, em 4 de agosto, a Grã Bretanha declara guerra à Alemanha e entra na Primeira Guerra Mundial. À época, o RFC dispunha de 84 aparelhos, enquanto a RNAS tinha 71 aeronaves e sete dirigíveis. Mais tarde naquele mesmo mês, quatro esquadrões do RFC foram deslocados para a França a fim de apoiar a Força Expedicionária Britânica. Durante os dois anos seguintes, a Alemanha tomou a dianteira na estratégia aérea com tecnologias como o zepelin e a metralhadora automática. As grandes cidades inglesas foram em seguidamente danificadas por bombardeios aéreos e os pilotos ingleses derrotados nos céus por ases germânicos como Manfred von Richthofen, apelidado de “O Barão Vermelho”.

Repetidos raids aéreos alemães levaram os planejadores militares britânicos a pressionar pela criação de um ministério aéreo próprio, que trataria de realizar bombardeios estratégicos contra a Alemanha. Em 1º de abril de 1918, como resultado desses esforços, a RAF foi formada, paralelamente com um ramo feminino desse serviço, a WRAF (Women's Royal Air Force).

Por ocasião do final da Guerra em novembro de 1918, a RAF havia lançado 5.500 toneladas de bombas e reivindicou a destruição de 2.953 aviões inimigos, conquistando uma clara superioridade aérea no Front Ocidental, contribuindo eficazmente para a vitória Aliada sobre a Alemanha e as Potências Centrais.

De resto, constituia-se, naquela altura, na maior força aérea do mundo, com cerca de 300 mil homens, pilotos e tripulantes, além de 25 mil membros femininos da Força, e mais de 22 mil aviões.

Fonte: Opera Mundi