Os investidores estrangeiros podem trocar o Brasil por outros países
latino-americanos se a economia crescer a um ritmo inferior a 4% ao ano,
na opinião da revista britânica The Economist.
Em chamada de capa na edição que acaba de chegar às bancas do Reino
Unido, a publicação promete explicar “o que há de errado com o Brasil”.
No miolo da revista, traz duas reportagens que, em linhas gerais,
afirmam que ainda existem oportunidades no País apesar da desaceleração
econômica e que são necessárias reformas para que o ritmo de crescimento
seja retomado.
A recomendação final da reportagem, emprestada de um analista da
Explorador Capital Management, é “ser seletivamente otimista ['bullish',
no original] com o Brasil”. Esse mesmo administrador, Joseph Harper,
diz que está gradativamente trocando parte de seus investimentos no País
por outras nações latino-americanas, como Peru, Colômbia, Chile, Panamá
e México.
A preocupação dele é o com risco político. Na sua visão, a Petrobrás e
a Vale estão priorizando o alinhamento com o governo em detrimento dos
demais acionistas.
Estejam os investidores certos ou não em suas avaliações de risco
político, o fato é que anteontem (terça-feira, 15) a Petrobrás deixou de
ser, por um dia, a maior empresa da América Latina em valor de mercado, ficando atrás da colombiana Ecopetrol, também estatal do setor de petróleo e gás. Depois, a brasileira recuperou a posição.
O semanário nota que existe um grupo de analistas que passaram a
enxergar problemas no Brasil. “Os dias em que se dava um passe livre
para o Brasil se foram”, afirmou Ivan de Souza, da Booz & Company, à
reportagem.
Para a revista, algumas pessoas têm manifestado cautela excessiva com
o Brasil, onde o desemprego é baixo, os salários estão em alta, o
investimento estrangeiro direto ainda é significativo, a agricultura é
altamente produtiva, as reservas de petróleo são grandes e a combinação
de democracia com estabilidade econômica permanece.
“O que há de errado com o Brasil”, na opinião da revista, é que a
presidente Dilma Rousseff tem feito “esforços tímidos demais” para
cortar gastos, foi responsável pelo “novo e infeliz” regime de
exploração de petróleo e a impressão é de que ela está preparada para
estabelecer um crescimento econômico abaixo de 4%.
Fonte: Estadão
Nota: Vão especuladores invistam na Venezuela, Bolívia, Equador, Paraguai, Argentina Cuba, e outras repúblicas centro-americanas. Certamente la respeitam os contratos... A Ecopetrol é uma titica de galinha perto da Petrobrás, mas está valendo mais porque "especulam" mais... Que reservas eles tem?
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