Integrantes da Comissão, a partir da esquerda: comodoro Guillermo Aloi (chefe), os soldados Jorgelina Acosta, Adrián Ferreyra e Leonel Toledo, e o capitão Mariano Mohaupt (sentado). Foto: Clarín.com
Há um ano, a notícia de que a Força Aérea Argentina formava uma comissão para investigar os casos de OVNIs nos céus argentinos surpreendeu a muitos.  
Desde então, este órgão recebeu 102 relatos.  A maioria deles não prosperou, mas 23 destes casos já estão em sua segunda etapa de investigação.  
E apesar dos responsáveis pelas investigações não quererem dar detalhes sobre os casos, pois dizem se tratar de “informação confidencial“, eles deixaram abertas as chances de que alguns deles sejam positivos.
A Comissão de Estudo de Fenômenos Aeroespaciais (CEFAE) começou a trabalhar em abril de 2011, mas se oficializou em 6 de maio.  
Desde então, este órgão da Força Aérea recebeu 102 relatos de avistamentos, dos quais 79 foram enganos ópticos, ou má interpretação de acontecimentos explicáveis, inclusive com tentativas de fraude e fotos adulteradas.  
Mas outras 23 investigações seguem seu curso.  Uma delas foi o caso de uma estranha luz avermelhada em Comodoro Rivadavia, avistada por um piloto de um vôo charter que ia para Puerto Madryn.
O objetivo é o de reunir informações para esclarecer os dados científicos“, explica o comodoro Guillermo Oscar Aloi, licenciado em informática, e chefe da comissão há menos de um mês.  “Não queremos gerar falsas expectativas“, informa o capitão Mariano Mohaupt, membro da CEFAE.
O primeiro filtro utilizado pela comissão aos que relatam ter avistado algo inexplicável é um questionário de 30 perguntas.  
Logo, com as respostas, se aplicam dois sistemas de medição para somar os pontos segundo a estranhesa do avistamento (entre outros fatores como luminosidade e movimento), bem como a credibilidade da testemunha.
De acordo com a pontuação final, chegasse à conclusão se o caso deve continuar ou ser descartado.
Meteorologistas, engenheiros aeronáuticos, técnicos em radar e em posicionamento de satélite que fazem parte do orgão são consultados.  Se busca reconstruir o eventos e dessas informações dependem as conclusões.
Contudo, no mundo da ovniologia, as opiniões são sempre divididas, assim é bem comum fortes críticas à comissão.
Contabilizamos 250 casos no ano passado, e a CEFAE não investigou ou sequer opinou sobre nenhum deles.  As Forças Armadas têm criado equipes para investigação do tema desde 1962, mas jamais declararam algo“, disse Luis Burgos, titular da Fundação Argentina de Ovniologia de La Plata, que investiga casos de avistamentos há mais de três décadas.  
Burgos é também coordenador da Rede Argentina de Investigação OVNI.   Adrian Nicala, um jovem ovniólogo que divulgou a onda de avistamentos no oeste do país, concorda: “Não há vontade de desclassificar os arquivos. Qualquer ovniólogo com ímpeto consegue mais do que a comissão oficial“.
Diante destas queixas, a Força Aérea se apresenta prudente.  “Buscamos um perfil técnico. Não queremos participar em polêmicas“, disse Mohaupt.  
Aloi explica: “A CEFAE conta com 21 profissionais especializados e com possibilidade de consultar outros orgãos do estado.  Isto é muito valioso e as portas estão abertas para qualquer caso que nos enviem“.

Fonte: OVNI Hoje