A empresa holandesa Spyker, de capitais chineses, colocou esta segunda-feira uma ação nos tribunais norte-americanos pedindo uma indemnização de três mil milhões de dólares (2,4 mil milhões de euros) à General Motors, acusando-a de levar à falência a marca sueca Saab.

«A ação judicial pede uma indemnização à General Motors (GM) porque esta tentou evitar a concorrência da Saab Automobile no mercado chinês», afirmaram em comunicado os acionistas da empresa holandesa com sede em Zeewolde, citada pela Associeted Press.

A Spyker tentou comprar a Saab no ano passado quando estava sob custódia do tribunal, acabou por ter de abortar o negócio com o administrador judicial Guy Lofalk porque a norte-americana General Motors, antiga proprietária da marca sueca, não autorizou a operação.

O gigante norte-americano referiu, na altura, que não estava disposto a ceder os direitos sobre a tecnologia dos carros por recear que os novos acionistas chineses viessem a utilizar as patentes no mercado chinês onde a General Motors está a apostar forte.

Perante a impossibilidade de a Spyker poder construir automóveis Saab com a autorização de patentes da GM, o administrador judicial viu-se obrigado a declarar a falência da marca sueca.

A Spyker, através da sua subsidiária na Suécia, a Swedish Automobile (SWAN), tinha-se comprometido a comprar a empresa por 100 milhões de euros e pretendiam investir 610 milhões de euros a partir de 2012, recorda a Lusa.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhImVwEZfmd6AIg-ISJ7M96EDu2WOPqjeb8uaY_24D5FF5DAbZ8wP3SISwtnPyERPqc5lotIMhyphenhyphenjLf9PDlo_t0OTS4DoX7yN9RUPOdtuuDWlqOVmhHU2tpdkOh8gqfDkZsNHkWCuV4f7Y0/s1600/saab_logo.jpgOs novos acionistas chineses aspiravam vender entre 35.000 e 50.000 automóveis em 2012, 78.000 a 86.000 em 2013 e cerca de 200.000 em 2016, um terço na China, onde também se fabricariam carros, mas mantendo a unidade de Trollhättan, na Suécia.

A Saab Automobile suspendeu o pagamento a fornecedores e trabalhadores pela primeira vez em fevereiro de 2009 e permaneceu sob administração judicial até ser decretada a falência, apesar de um empréstimo de 400 milhões de euros de Banco Europeu de Investimento, com o aval do governo sueco, e outras injeções de capital.