O governo do Iraque informou neste sábado que cancelou um acordo de 4,2 bilhões de dólares para comprar aviões militares, helicópteros e mísseis da Rússia, citando uma possível corrupção no contrato.
Em uma troca confusa, o anúncio feito pelo gabinete do
primeiro-ministro, Nuri al-Maliki, foi imediatamente desmentido pelo
ministro da Defesa, que negou as acusações de corrupção, alegando que os
negócios ainda eram válidos.
Equipamentos militares dos Estados Unidos continuam sendo
fundamentais para as forças armadas do Iraque, mas analistas de
segurança disseram que o acordo russo havia aparecido para abrir um
caminho para Maliki para resistir à pressão dos EUA para diversificar
seus fornecedores de armas.
O acordo russo foi fechado assim que Washington advertiu o líder
xiita iraquiano para frear vôos transportando armas iranianas através do
espaço aéreo iraquiano para ajudar o presidente sírio, Bashar al-Assad,
em sua luta contra uma revolta lá.
O conselheiro de mídia de Maliki, Ali al-Moussawi, disse que a
decisão de renegociar os acordos foi tomada depois de o
primeiro-ministro ser informado sobre irregularidades no contrato. "Nossa necessidade de armas ainda está de pé e vamos renegociar novos
contratos", disse Moussawi. "Esta é uma medida de precaução por causa
de suspeitas de corrupção."
Mas o ministro da Defesa, Sadoon al-Dulaimi, que negociou com os
russos, rejeitou as acusações de corrupção. "Nenhum contrato foi
assinado. Estas foram apenas ofertas técnicas e financeiras", disse ele a
repórteres em Bagdá.
Fonte: Reuters
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