Dois aviões militares russos violaram o espaço aéreo do
Japão nesta quinta-feira, disse o Ministério das Relações Exteriores
japonês, acrescentando que apresentou um reclamação a Moscou sobre o
incidente e enviou caças japoneses em resposta.
O incidente ocorre em um momento sensível para o Japão, que reclamou
do que classifica como "lamentáveis" as ações da China no mês passado ao
apontar seus sistemas de radar para dois alvos japoneses no caso mais
recente relacionado a uma disputa entre os dois países por ilhas no Mar
do Leste da China.
O Ministério de Relações Exteriores disse que jatos de combate
russos, conhecidos como SU-27s, violaram o espaço aéreo japonês sobre a
Ilha Rishiri. A invasão durou cerca de um minuto e ocorreu por volta das
4h (de Brasília). O Japão enviou quatro jatos de combate F-2 (F-16) em
resposta. É a primeira vez desde 2008 que o Japão acusou aviões
militares russos de violarem seu espaço aéreo. Não houve comentários da
Rússia sobre a acusação do Japão.
Fonte: Yahoo
O ministro da Defesa do Japão afirmou nesta quinta-feira (7) que dois
caças russos invadiram o espaço aéreo do Japão sobre a região noroeste
da ilha de Hokkaido, o que levou Tóquio a apresentar um protesto formal (foto ao lado de um dos Su-27 invasores).
Jatos F-2 da força aérea japonesa se aproximaram do local
após a invasão, com duração de um minuto, de dois aviões modelo SU-27 na
ilha Rishiri, disse o ministro Yoshihide Yoshida.
Yoshida acrescentou que o governo do Japão não sabia se a violação do
espaço aéreo tinha sido acidental ou intencional, mas que era
"extremamente problemática". A última invasão desse tipo pela Rússia no
Japão ocorreu em 9 de fevereiro de 2008. O ministro das Relações
Exteriores apresentou um protesto formal na Embaixada da Rússia em
Tóquio.
Em comunicado, o ministro da Defesa russo rejeitou a
acusação do governo do Japão e negou qualquer violação do espaço aéreo.
Ele informou que os jatos do Exército russo estavam praticando
exercícios nesta quinta-feira na área "em conformação rígida com as
regras internacional sem violar nenhuma fronteira".
Um ministro japonês, que falou em condição de
anonimato, disse que não estava claro se a violação estava relacionada
com o comício desta quinta-feira e apoiado pelo governo pedindo que
Moscou devolvesse um conjunto de ilhas próximas à costa leste de
Hokkaido, que foram tomadas pela Rússia em 1945.
O premiê Shinzo Abe disse na marcha que fará o seu melhor
para resolver essa disputa territorial com a Rússia, que impediu que os
países assinassem um tratado de paz colocando um fim definitivo às
hostilidades da Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945).
Tropas soviéticas capturaram as ilhas nos
últimos dias do conflito, forçando cerca de 17 mil residentes japoneses
de ser deportados nos anos seguintes. Cerca de 17 mil russos vivem no
local.
As ilhas estão localizadas a 10 km da ilha Hokkaido e são
cercadas de ricos polos de pesca e acresdita-se que na sua costa há
reservas de petróleo e gás natural, além de depósitos de prata e ouro.
Falando a residentes das ilhas e outros reunidos em uma
praça em Tóquio, Abe disse que conversou com o presidente russo Vladimir
Putin em dezembro e que ele quer resolver a disputa. Abe planeja enviar
o ex-primeiro-ministro Yoshiro Mori como enviado especial a Moscou esse
mês, mas as perspectivas são incertas.
"Temos como objetivo finalmente resolver o problema com a
Rússia sobre as disputadas ilhas e assinar um acordo de paz", disse Abe
em um discurso brefe antes de retornar ao Parlamento.
Em 2010, o ex-presidente Dmitri Medvedev se tornou o
primeiro líder russo ou soviético a visitar as ilhas, provocando duras
críticas de Tóquio. Ele visitou o local pela segunda vez em julho. Mais
da metade dos antigos residentes japoneses das ilhas morreu no decorrer
dos 68 anos de controle russo.
"Meu local de nascimento está bem na minha frente, mas eu
não posso voltar a viver lá", disse Choriki Sugawara, mulher de 79
anos, e antiga moradora da ilha de Kunashir.
Fonte: IG
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